Pesquisa publicada no European Heart Journal reporta resultados indicando que a fibrilação atrial e morte são mais comuns durante o primeiro ano após o diagnóstico de câncer de mama.
Pesquisa publicada no European Heart Journal reporta resultados indicando que a fibrilação atrial e morte são mais comuns durante o primeiro ano após o diagnóstico de câncer de mama.
Mulheres com câncer de mama apresentaram maior incidência de eventos cardiovasculares, mortalidade relacionada a doenças cardiovasculares e mortalidade por todas as causas, em comparação com mulheres sem câncer de mama. É o que mostram os resultados de artigo publicado online no Journal of Clinical Oncology, indicando que os riscos variaram de acordo com o tratamento recebido. Quem comenta o trabalho é a cardio-oncologista Ariane Vieira Scarlatelli Macedo (foto), coordenadora da seção de cardio-oncologia do Grupo Americas.
Uma declaração conjunta do Grupo de Estudos da Cardio-Oncologia da Sociedade Europeia de Cardiologia, realizada em colaboração com a Sociedade Internacional de Cardio-Oncologia, apresenta ferramentas práticas para a avaliação de risco cardiovascular no baseline em pacientes oncológicos programados para receber terapias potencialmente citotóxicas. Publicado no periódico European Journal of Heart Failure, o trabalho conta com a participação das cardiologistas Ariane Macedo (foto) e Ludhmila Hajjar.
Qual a incidência de fatores de risco cardiometabólicos em sobreviventes de câncer de mama? Estudo prospectivo que comparou o risco de hipertensão, diabetes e dislipidemia em mulheres com e sem câncer de mama reportou resultados no Journal of Clinical Oncology, em artigo de Kwan et al. Mulheres com câncer de mama apresentaram maior incidência de hipertensão e especialmente diabetes até 10 anos após o diagnóstico, risco que foi ainda maior em pacientes que receberam radioterapia do lado esquerdo e terapia endócrina. A cardio-oncologista Ariane Vieira Scarlatelli Macedo (foto) comenta os resultados.
A cardiologista Carolina Carvalho Silva (foto), médica do Departamento de Cardio-Oncologia do ICESP e supervisora do Programa de Especialização em Cardio-Oncologia do Instituto do Coração (InCor), analisa artigo publicado na JACC CardioOncology que discute mudanças na rotina de monitoramento cardiovascular de pacientes e sobreviventes de câncer durante a pandemia da COVID-19.
Primeiro ensaio clínico internacional randomizado a comparar prospectivamente a segurança cardiovascular de um antagonista do GnRH e um agonista do GnRH em pacientes com câncer de próstata, o PRONOUNCE teve seus resultados apresentados no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC 2021). O cardiologista brasileiro Renato Lopes (foto), professor na Duke University Medical Center, é o primeiro autor do trabalho.
Artigo publicado no Journal of Clinical Oncology Oncology Practice (JCO) descreve a implementação de um programa baseado em sistemas de registro eletrônico de saúde que oferece recomendações personalizadas de profilaxia para aumentar as taxas de avaliação de risco de tromboembolismo venoso em pacientes no início da quimioterapia ambulatorial. Ariane Vieira Scarlatelli Macedo (foto), cardiologista assistente da Santa Casa de São Paulo e vice-presidente do Grupo de Estudos de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, comenta o trabalho.
Estudo publicado no International Journal of Cardiology considerou dados de mais de 5 milhões de pacientes para investigar as causas de internações cardiovasculares (CV) e os resultados associados entre pacientes com diferentes tipos de câncer. A cardio-oncologista Ariane Vieira Scarlatelli Macedo (foto), vice-presidente do Grupo de Estudos de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia e coordenadora nacional da cardio-oncologia da Rede D’Or, comenta os resultados.
O uso de trastuzumabe pode induzir cardiotoxicidade, geralmente em forma de disfunção ventricular esquerda assintomática, eventualmente como insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e raramente morte cardíaca. Em artigo que inaugura a coluna do Grupo de Estudos de Cardio-Oncologia, Ariane Vieira Scarlatelli Macedo, vice-presidente do Grupo, discute como reduzir a cardiotoxicidade associada ao tratamento de trastuzumabe no câncer de mama inicial HER2 positivo.
Resultados de estudo de coorte retrospectivo reportados no Journal of American College of CardioOncology (JACC) por Duléry et al. mostram que a ciclofosfamida pós-transplante foi associada a um risco significativamente aumentado de eventos cardíacos em pacientes que receberam transplante de células-tronco hematopoiéticas alogênico (TCTH). Quem comenta o trabalho é a cardio-oncologista Ariane Vieira Scarlatelli Macedo (foto), vice-presidente do Grupo de Estudos de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia e coordenadora nacional da cardio-oncologia da Rede D’Or.
A combinação do anti CTLA-4 tremelimumabe (curso limitado) com o anti PD-L1 durvalumabe e 4 ciclos de quimioterapia baseada em platina melhorou significativamente a sobrevida global e a sobrevida livre de progressão de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas metastático (CPCNPm). Esses resultados embasaram a aprovação do esquema triplo pelas principais agências reguladoras mundiais, inclusive a Anvisa2, demonstrando a eficácia e a segurança dessa combinação como primeira linha de tratamento no CPCNPm, inclusive para alguns subgrupos mais difíceis de tratar.
Além de reduzir o risco de doenças cardiovasculares, manter a saúde cardíaca resulta em menor risco de desenvolver câncer. É o que aponta estudo liderado por pesquisadores do Massachusetts General Hospital (MGH), que correlaciona doença cardiovascular (DCV) e câncer entre participantes de dois grandes estudos de base populacional. Os resultados foram reportados na JACC CardioOncology, confirmando que fatores tradicionais de risco cardíaco, incluindo idade avançada, sexo masculino e tabagismo atual ou anterior foram todos associados ao aumento do risco de câncer. A cardio-oncologista Ariane Vieira Scarlatelli Macedo (foto), vice-presidente do Grupo de Estudos de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia e coordenadora nacional da cardio-oncologia da Rede D’Or, comenta os resultados.
Enfortumabe vedotina (Padcev®), um anticorpo conjugado a droga direcionado à nectina-4, aumentou a sobrevida global (SG) e a sobrevida livre de progressão (SLP) em pacientes com carcinoma urotelial localmente avançado ou metastático (la/mUC). É o que demonstram os resultados de eficácia e segurança do estudo de fase 3 EV-301 (NCT03474107), que embasou o registro sanitário de enfortumabe vedotina nas principais agências regulatórias mundiais, incluindo a ANVISA.
Qual o risco de insuficiência cardíaca em pacientes tratados com o inibidor de TKI-EGFR de terceira geração osimertinibe? Análise publicada no Journal of Clinical Oncology (JCO) demonstrou que uma baixa proporção de pacientes que receberam osimertinibe no programa de estudos clínicos relatou um evento adverso cardíaco, a maioria deles assintomáticos. A cardio-oncologista Ariane Vieira Scarlatelli Macedo (foto), vice-presidente do Grupo de Estudos de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia e coordenadora nacional da cardio-oncologia da Rede D’Or, comenta os resultados.
O tratamento adjuvante com osimertinibe (Tagrisso®, Astrazeneca) reduz significativamente o risco de morte em adultos com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) completamente ressecado, com mutação no EGFR (EGFRm) e doença estágio IB, II ou IIIA. É o que mostra a análise final de sobrevida global do estudo de fase 3 ADAURA apresentada pelo oncologista Roy Herbst, do Yale Cancer Center, em Sessão Plenária (LBA3) no ASCO 2023, com resultados que reforçam osimertinibe adjuvante como o padrão atual de tratamento para esses pacientes.1 Os resultados foram publicados simultaneamente no New England Journal of Medicine (NEJM).2
Neste ensaio foram inscritos pacientes adultos (com idade ≥18 anos [≥20 no Japão e Taiwan] e com bom status de desempenho (PS 0/1 da OMS), com CPCNP com mutação EGFR (EGFRm) totalmente ressecado (ex19del/L858R), doença estágio IB, II ou IIIA (AJCC/UICC 7ª edição). Os pacientes elegíveis foram randomizados 1:1 para receber osimertinibe 80 mg uma vez ao dia, ou placebo, até a recorrência da doença, conclusão do tratamento em três anos ou critério de descontinuação. O endpoint primário foi sobrevida livre de doença (SLD) no estágio IIꟷIIIA. Endpoints secundários incluíram SLD no estágio IBꟷIIIA, sobrevida global (SG) e segurança.
Revisão sistemática e meta-análise publicada no JACC: CardioOncology, periódico da American College of Cardiology comparou a eficácia e os riscos de anticoagulantes orais diretos (DOACs) versus heparina de baixo peso molecular (dalteparina) em pacientes com tromboembolismo venoso (TEV) relacionado ao câncer. A cardio-oncologista Ariane Vieira Scarlatelli Macedo (foto), vice-presidente do Grupo de Estudos de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia e coordenadora de cardio-oncologia da rede D’Or, comenta os resultados.
Estudo randomizado, duplo-cego, de fase III (EMPOWER-Lung 3) apresentou no Congresso Europeu de Câncer de Pulmão (ELCC 2023) dados atualizados do anti PD-1 cemiplimabe associado à quimioterapia em pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) avançado, sem alterações em EGFR, ALK ou ROS1, com histologia escamosa ou não escamosa e qualquer nível de expressão de PD-L1. Os resultados mostram que após seguimento mediano de 28,4 meses, a adição de cemiplimabe continuou a aumentar a sobrevida global e livre de progressão nessa população de pacientes e praticamente dobrou a taxa de resposta.
Neste ensaio, os pacientes foram randomizados 2:1 para receber 4 ciclos de quimioterapia dupla com platina, com 350 mg de cemiplimabe (n = 312) ou placebo (n = 154) a cada 3 semanas por até 108 semanas. O endpoint primário foi a sobrevida global (SG); endpoints secundários incluíram sobrevida livre de progressão (SLP) e taxa de resposta objetiva (ORR).
Estudo publicado no periódico The Breast buscou determinar o potencial efeito cardiovascular do tamoxifeno e dos inibidores de aromatase em mulheres idosas com câncer de mama. Rodrigo Batista Rocha (foto), cardio-oncologista na Rede D'OR Hospital São Luiz Anália Franco, analisa os resultados.
Novos biomarcadores estão reconfigurando o cenário do tratamento do câncer gástrico avançado e de junção gastroesofágica (JGE), alterando as perspectivas para pacientes ao identificar assinaturas moleculares e genéticas que permitem explorar opções de tratamento cada vez mais personalizadas.
Estudo publicado no European Journal of Heart Failure buscou determinar a prevalência e os fatores de risco para disfunção miocárdica em uma grande coorte de sobreviventes de câncer de mama em idade precoce (40-50 anos) tratadas com quimioterapia com e sem antraciclinas. A cardiologista Carolina Carvalho Silva (foto), cardio-oncologista da Rede D’Or e conselheira da International Cardio-Oncology Society (ICOS), analisa o trabalho.
O tratamento com o conjugado de anticorpo-medicamento (Daiichi Sankyo/Astrazeneca) mostrou eficácia consistente independente da carga da doença, tratamento anterior com CDK4/6i ou rápido estado de progressão da doença. Os resultados são de análise de subgrupos apresentada no San Antonio Breast Cancer Symposium (SABCS 2022) pela oncologista Nadia Harbeck, da Universidade de Munique.
O estudo de Fase 3 DESTINY-Breast04 demonstrou que trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) prolongou significativamente a sobrevida livre de progressão (SLP) e a sobrevida global (SG) em comparação com o tratamento de escolha do médico (TPC) em pacientes com câncer de mama metastático HER2-low (imuno-histoquímica [IHC] 1+ ou IHC 2+ /hibridação in situ negativa) na coorte receptor hormonal positivo (HR+) e em todos os pacientes (HR+ e HR-; mediana de SLP, 9,9 vs. 5,1 meses, hazard ratio: 0,50; p<0,001; mediana de sobrevida global 23,4 vs. 16,8 meses, hazard ratio: 0,64; p=0,001; Modi et al. N Engl J Med 2022). A taxa de resposta objetiva (ORR) com trastuzumabe deruxtecana foi ≥50% em todas as coortes.