A ASCO GU teve entre os destaques da edição deste ano a apresentação dos resultados do estudo de fase III PREVAIL, que avaliou o uso da enzalutamida em 1717 pacientes com câncer de próstata resistente à castração, sem tratamento prévio de quimioterapia. A investigação foi realizada por Tomasz M. Beer e colegas, e concluiu que a enzalutamida reduziu em 29% o risco de morte em relação ao placebo [HR] 0.706, 95% CI [0.60-0.84]; p < 0.0001) e alcançou redução de 81% na progressão radiológica (rPFS: HR 0.186, 95% CI [0.15-0.23]; p < 0.0001). A sobrevida global (SG) foi de 32,4 meses versus 30,2 meses no braço placebo.

O Simpósio de Câncer Genitourinário promovido com apoio da sociedade americana de oncologia clínica (ASCO) completou sua décima edição no encontro deste ano com um público recorde de 2350 inscritos. Realizado nos dias 30 de janeiro e 1° de fevereiro em São Francisco, na Califórnia, o 2014 Genitourinary Cancers Symposium teve entre os destaques os resultados do estudo SWITCH, do investigador Maurice-Stephan Michel, que comparou os resultados da sequência sorafenibe-sunitinibe no carcinoma de células renais metastático (mRCC).
Apesar de representar uma proporção relativamente pequena dos resumos apresentados no Simpósio GU deste ano, tumores de pênis, uretra e testículos foram tema de dois estudos notáveis.
O estudo SWITCH mostra que não há diferença entre a sequência dos agentes empregados no tratamento do carcinoma renal metastático (mRCC), indicando que tanto faz usar na primeira linha a sequência sorafenibe-sunitinibe como o inverso. A sobrevida livre de progressão (PFS) e a sobrevida global (OS) não mostram a superioridade de um esquema sobre o outro.
Um progresso considerável tem sido feito na compreensão, diagnóstico e tratamento do câncer urotelial ao longo dos últimos 10 anos. Essa análise foi apresentada durante o Simpósio GU deste ano, em artigo de revisão de H. Barton Grossman (foto), do MD Anderson Cancer Center.
Apesar de falhar no aumento de OS, agente comprova ganhos na PFS; estudo mostra variações geográficas na resposta ao antiandrogênico.
Estudo longitudinal apresentado por Abdenour Nabid (foto) este ano no Simpósio GU concluiu que reduzir a terapia de privação androgênica (ADT, do inglês androgen deprivation therapy) de 36 para 18 meses não afeta os resultados de sobrevida em pacientes com câncer de próstata localmente avançado.





