Bottom line
O diagnóstico tardio do câncer do colo uterino é uma realidade que apresenta limitações importantes para o adequado tratamento oncológico: anemia (por sangramentos), disfunção renal e dor pélvica. A profilaxia dessas complicações e seu controle efetivo é indispensável para obter melhores resultados terapêuticos. Dados sugerem a necessidade de medidas de prevenção da disfunção renal, manutenção de níveis de hemoglobina apropriados e intervenção quando houver PS > 2. Para a administração do padrão de tratamento, baseado em cisplatina concomitante à radioterapia, é importante que as pacientes tenham função renal minimamente adequada, sendo a cisplatina contraindicada em pacientes com clearance de creatinina <30mL/min.
Maria Del Pilar Estevez Diz é oncologista clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP