Estudo apresentado no 2017 Genitourinary Cancers Symposium reforça evidências do papel da vigilância ativa na abordagem de pequenas massas renais, definidas como tumores sólidos de até 4 cm cada vez mais frequentes em achados incidentais.
Estudo apresentado no 2017 Genitourinary Cancers Symposium reforça evidências do papel da vigilância ativa na abordagem de pequenas massas renais, definidas como tumores sólidos de até 4 cm cada vez mais frequentes em achados incidentais.
O oncologista Raphael Brandão (foto), coordenador científico do Grupo Oncoclínicas e oncologista titular do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e do Centro Paulista de Oncologia (CPO), comenta os destaques do 2017 Genitourinary Cancers Symposium (ASCO GU).
O câncer de próstata pode ser classificado com base na célula de origem, nos subtipos luminal A, luminal B e basal, sendo o câncer de próstata luminal B o de pior prognóstico, mas também aquele que obtém o maior benefício da terapia de privação androgênica (ADT). Os dados foram apresentados na ASCO GU.
Análises de biópsia líquida do DNA tumoral circulante (ctDNA) a partir de amostras de sangue revelam informações com potencial prognóstico no câncer de próstata metastático resistente à castração (CPRCm)e podem apontar o caminho para o desenvolvimento de novas terapias-alvo. O estudo foi apresentado no 2017 Genitourinary Cancers Symposium.
Cinco estudos que exploram questões-chave no tratamento dos cânceres geniturinários foram destaque na ASCO GU 2017, que de 16 a 18 de fevereiro reuniu em Orlando, Flórida, grandes nomes da uro-oncologia mundial.
A abordagem do câncer renal metastático (mRCC) requer o uso de agentes distintos ao longo da primeira e segunda linhas de tratamento. Na intenção de compreender as alterações genômicas que ocorrem durante a evolução tumoral, pesquisadores avaliaram o DNA tumoral circulante (ctDNA) de 224 pacientes com mRCC, numa análise submetida a um painel de 70 genes. Os resultados foram apresentados na ASCO GU e podem ter implicações terapêuticas.
Estudo de fase III apresentado na ASCO GU identificou que um único ciclo de terapia adjuvante com bleomicina, etoposide e cisplatina (BEP) em homens jovens com diagnóstico recente de câncer de testículo e doença de alto risco resultou em baixa taxa de recorrência aos 2 anos (Abstract 400).
Estudo com participação brasileira foi um dos destaques do ASCO GU e avaliou a atividade clínica dos inibidores de PD1 / PDL1 no carcinoma renal metastático em pacientes com histologia de células não-claras (nccRCC), grupo heterogêneo que compreende características clínicas e moleculares distintas do carcinoma de células renais de células claras (ccRCC).
Uma análise retrospectiva sugere que a imunoterapia pode ser menos eficaz em pacientes que recebem antibióticos menos de um mês antes de iniciar o tratamento. Os resultados que serão apresentados no 2017 Genitourinary Cancers Symposium, em Orlando, mostram que o câncer se agravou mais rapidamente nos pacientes que fizeram uso de antibióticos em comparação com aqueles que não receberam a medicação (mediana de sobrevida livre de progressão 8,1 meses vs 2,3 meses).
Entre pacientes com câncer de rim avançado que interromperam precocemente a imunoterapia anti PD1/PD-L1 devido a efeitos colaterais, 42% tiveram uma resposta duradoura, o que significa que foram capazes de permanecer fora da terapia sistêmica adicional por 6 meses ou mais. O estudo será apresentado no próximo 2017 Genitourinary Cancers Symposium, que acontece entre os dias 16 e 18 de fevereiro em Orlando, Flórida.