O mastologista Ruffo de Freitas Jr., presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), analisa com exclusividade para o Onconews os resultados de longo prazo do estudo IBIS-I apresentado no San Antonio Breast Cancer Symposium.
O mastologista Ruffo de Freitas Jr., presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), analisa com exclusividade para o Onconews os resultados de longo prazo do estudo IBIS-I apresentado no San Antonio Breast Cancer Symposium.
Dados do estudo randomizado de fase III SOFT (Suppression of Ovarian Function Trial) apresentados no San Antonio Breast Cancer Symposium mostraram que entre as mulheres pré-menopausadas com câncer de mama receptor hormonal positivo em estadio inicial, acrescentar a supressão ovariana ao tamoxifeno reduziu a recorrência do câncer de mama.
De acordo com dados do estudo clínico randomizado de fase II Fergi, apresentado no San Antonio Breast Cancer Symposium, a adição da droga experimental pictilisib (GDC-0941) à terapia endócrina com fulvestrano aumentou a sobrevida livre de progressão para as mulheres com câncer de mama avançado ou metastático resistentes ao inibidor de aromatase, com receptores hormonais positivos tanto para estrogênio (ER) como para progesterona (PR).
Os resultados da análise final de sobrevida livre de progressão, taxa de resposta e segurança do estudo randomizado de fase III BOLERO-1 (Breast Cancer Trials of Oral Everolimus-1) foram apresentados no San Antonio Breast Cancer Symposium.
Entre os pacientes com câncer de mama inicial que reduziram a ingestão de gordura por cinco anos a partir do diagnóstico, após mais de 15 anos de acompanhamento as taxas de mortalidade por todas as causas foram significativamente reduzidas entre aqueles que tiveram câncer de mama hormônio-independente, de acordo com dados do estudo WINS (Women’s Intervention Nutrition Study) apresentado no San Antonio Breast Cancer Symposium.
O estudo FIRST mostrou em San Antonio a superioridade do fulvestrano em relação ao anastrozol em pacientes com câncer de mama avançado com receptores hormonais positivos.
O estudo IBIS-I (International Breast Cancer Intervention Study-I), que acompanhou mulheres com alto risco de câncer de mama por um período médio de 16 anos, descobriu que o tamoxifeno reduziu significativamente a incidência de todos os cânceres de mama. Os dados foram apresentados no 2014 San Antonio Breast Cancer Symposium.
Entre as mulheres com câncer de mama triplo-negativo, o benefício da adição de bevacizumabe à quimioterapia neoadjuvante padrão foi maior para aqueles cânceres classificados como basal-like em comparação com outros subtipos moleculares. Apesar disso, o benefício da adição de carboplatina foi equivalente entre os subtipos. Essa foi a conclusão do estudo apresentado em San Antonio por William M. Sikov, do Alpert Medical School da Brown University, em Providence, Rhode Island.
Segundo dados do estudo de fase III ICE apresentados no San Antonio Breast Cancer Symposium, pacientes idosos com câncer de mama de risco moderado a alto e doença em estágio inicial, e para quem a quimioterapia padrão é muito tóxica, a quimioterapia com capecitabina provoca menos efeitos colaterais que a quimioterapia padrão, mas não melhora os resultados quando testada como monoterapia.
Pesquisadores de todo o mundo estão reunidos em San Antonio para discutir os principais avanços no tratamento do câncer de mama. Em sua 37ª edição, o San Antonio Breast Cancer Symposium tem mais de 7.500 participantes, de 90 países.
De acordo com dados apresentados na 37ª edição do San Antonio Breast Cancer Symposium, mulheres com câncer de mama HER2-positivo que tinham altos níveis de células imunes em seus tumores tiveram uma diminuição do risco de recorrência do câncer após o tratamento com quimioterapia isoladamente, em comparação com aquelas que tinham baixos níveis de células imunes infiltrantes no tumor.