Cerca de 3.400 profissionais estiveram em São Francisco, Califórnia, para acompanhar o 11º ano do Simpósio Gastrointestinal (2014 Gastrointestinal Cancer Symposium), realizado de 16 a 18 de janeiro. O encontro apresenta os resultados dos mais recentes estudos clínicos, traz o estado da arte em diagnóstico e tratamento e é palco das grandes novidades da indústria.

Novas opções de tratamento sistêmico do câncer de pâncreas têm surgido ao longo dos últimos anos. No Simpósio Gastrointestinal (2014 Gastrointestinal Cancer Symposium), Eileen M. O'Reilly (foto), do Sloan-Kettering Cancer Center Memorial, revisou esses novos tratamentos “state-of-the-art” e as terapias emergentes.
Em sua apresentação durante o Simpósio Gastrointestinal (2014 Gastrointestinal Cancer Symposium), o gastroenterologista David Y. Graham, do Baylor College of Medicine, afirmou que para eliminar o câncer gástrico o mundo precisa unir esforços para erradicar a Helicobacter pylori. Graham analisou décadas de extensivas pesquisas em câncer de estômago e verificou que a infecção por H. pylori causa mais de 95% dos tumores gástricos; além de contribuir para a inflamação crônica e a instabilidade genética que resultam no câncer gástrico. O risco de desenvolver a doença também se correlaciona com o grau e a gravidade da gastrite atrófica, que pode ser medido com exames não-invasivos, simples.
Os resultados finais do estudo clínico de fase III CAIRO-3 fornecem dados importantes para orientar o tratamento do câncer colorretal metastático (mCRC) após a terapia de indução com bevacizumabe.
Outro trabalho que concentrou as atenções no Simpósio GI deste ano apostou na abordagem da imunoterapia em pacientes com adenocarcinoma metastático de pâncreas. A investigação de fase II liderada por Dung T. Le (foto), da Johns Hopkins, randomizou pacientes para receber ciclofosfamida e a vacina GVAX ou o mesmo esquema mais a vacina identificada como CRS-207.
O estudo RAINBOW foi certamente um dos grandes destaques do Simpósio GI 2014, entre os mais de 720 abstracts apresentados na edição deste ano. A investigação de Hansjochen Wilke e colegas mostrou a superioridade do agente ramucirumab no adenocarcinoma de junção gastroesofágica (GEJ) avançado.
Mutações na família RAS têm impacto sobre a eficácia dos anticorpos anti-EGFR em pacientes com câncer colorretal metastático (mCRC) e são importantes como fator preditivo de resposta ao tratamento com drogas-alvo. A implicação prática é que o teste de mutação RAS deve ser expandido para otimizar o tratamento com cetuximabe e panitumumabe. Essa é a “take home message” do estudo de revisão apresentado por Marc Peeters (foto), do Antwerp University Hospital, na Bélgica, durante o Simpósio GI.





