Wellington F. Silva (foto), hematologista do ICESP é primeiro autor de estudo que descreve os resultados do transplante alogênico de células-tronco (TCTH) em pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA) em centros brasileiros, com resultados que impactam a estratégia de seleção de doadores no nosso país. A análise foi apresentada na ASH 2021 e examina os fatores de risco para sobrevida global (OS), sobrevida livre de doença (DFS), incidência cumulativa de recidiva (CIR), mortalidade sem recidiva (NRM) e doença do enxerto contra hospedeiro (GVHD) após TCTH.

O conjugado polatuzumabe vedotina em combinação com rituximabe, ciclofosfamida, doxorrubicina e prednisona aumentou a sobrevida livre de progressão em relação ao tratamento padrão para pacientes com linfoma difuso de grandes células B. É o que mostram os resultados do ensaio de Fase 3 POLARIX, destacado como primeiro Late Breaking Abstract da ASH 2021 e publicado simultaneamente na
O estudo prospectivo MATCHPOINT avalia a atividade e tolerabilidade do TKI ponatinibe em combinação com quimioterapia de alta dose para melhorar o status de remissão e os resultados do transplante alogênico de células-tronco em pacientes com leucemia mieloide crônica em fase blástica. Os resultados finais do trabalho foram apresentados no ASH 2021 e publicados simultaneamente no
A análise primária do ensaio pivotal de Fase 3 ASCEMBL demonstrou que asciminib tem eficácia superior e um melhor perfil de segurança comparado a bosutinibe (BOS) no tratamento de pacientes com leucemia mieloide crônica em fase crônica (LMC-CP) após ≥ 2 inibidores de tirosina quinase (TKIs) de ligação ATP. Agora, os pesquisadores relatam na ASH 2021 resultados atualizados de eficácia e segurança após acompanhamento mediano de 19,2 meses (adicional de 7,5 meses) desde a análise primária. O estudo tem participação brasileira, dos hematologistas Laura Fogliatto, Hospital de Clínicas de Porto Alegre; Carla Boquimpani, HEMORIO; e André Abdo, do ICESP.
Estudo randomizado de Fase 3 (ZUMA-7; NCT03391466), com participação de 77 centros em todo o mundo, avaliou a terapia celular CAR-T com axi-cel versus o tratamento padrão (SOC) em pacientes com linfoma de grandes células B (LBCL) que apresentam recidiva ou são refratários à terapia de primeira linha. Mahmoud Elsawy e colegas apresentam na 63ª ASH a primeira análise comparativa de qualidade de vida, com resultados relatados pelos pacientes (PROs). Os dados corroboram o benefício de axi-cel como opção de segunda linha no LBCL recidivado / refratário (R / R).
Análise de um grande conjunto de dados globalmente representativo agrupado a partir de 3 estudos observacionais avaliou eficácia de ixazomibe, lenalidomida e dexametasona (IRd) na população geral de pacientes de mieloma múltiplo recidivado/refratário, na terapia de segunda linha (LoT) ou ou linhas posteriores, e em subpopulações de pacientes definidas pelo status de fragilidade. Selecionado para apresentação em pôster no ASH 2021, o trabalho demonstrou que a eficácia do IRd na prática clínica de rotina é consistente com a os resultados observados no estudo TOURMALINE-MM1.
A 63ª ASH destacou análise atualizada do ensaio de Fase 2 ZUMA-1, que correlaciona sobrevida livre de eventos (EFS) com sobrevida global (OS) em pacientes com linfoma de grandes células B (LBCL) tratados com Axicabtagene Ciloleucel (axi-cel) após ≥4 anos de acompanhamento. Os resultados foram apresentados por Caron Jacobson (foto), do Dana Farber Cancer Center, e demonstram que axi-cel aumentou a OS em pacientes sem eventos (EFS) no mês 12 e no mês 24.
A hematologista Vânia Hungria (na foto, à esquerda) é autora sênior de estudo que avaliou os fatores de risco e desfechos de COVID-19 em pacientes brasileiros com mieloma múltiplo (MM). O trabalho integra o programa científico da 63ª ASH, o maior encontro da hematologia mundial. A infectologista Marcia Garnica é a primeira autora do trabalho, conduzido em colaboração com o Grupo Brasileiro de Mieloma (GBRAM).
O DNA tumoral circulante (ctDNA) tem demonstrado grande potencial como biomarcador não invasivo em linfomas sistêmicos. Agora, estudo destacado em Sessão Plenária na ASH 2021 utilizou tecnologias de sequenciamento para explorar o papel do ctDNA em linfomas do sistema nervoso central (LSNC), com resultados que projetam a biopsia líquida como valioso biomarcador para estratificação de risco, com potencial de predizer resultados clínicos e a classificação de LSNC, poupando os pacientes de cirurgia invasiva.
A 63ª edição da ASH apresenta em Sessão Plenária os resultados do ZUMA-7 (NCT03391466), um estudo global, randomizado, de Fase 3, que avaliou a terapia celular CAR T com Axicabtagene Ciloleucel (Axi-Cel/ Yescarta®) versus terapia padrão em pacientes com linfoma de grandes células B recorrente ou refratário (LBCL R / R). Os dados mostram benefício clínico e estatisticamente significativo com a terapia celular CAR T, com sobrevida livre de eventos mais que 4 vezes superior ao padrão de tratamento (8,3 meses versus 2,0 meses; HR 0,398, p <0,0001), o dobro da taxa de resposta completa e perfil de segurança manejável. Diante desses resultados, Axi-Cel demonstrou que pode substituir a quimioimunoterapia e o transplante autólogo como padrão de segunda linha nessa população de pacientes. Nesta análise, foram considerados pacientes ≥18 anos com LBCL, ECOG PS 0–1, doença R / R ≤12 meses e tratamento prévio com anticorpo monoclonal anti-CD20 e antraciclina. O estudo teve publicação simultânea na
Apresentado no ASH 2021, o estudo de Fase III GMMG-HD7 demonstrou que pacientes com mieloma múltiplo recém-diagnosticado que receberam o anticorpo monoclonal anti-CD38 isatuximabe em adição à terapia de indução padrão com lenalidomida, bortezomibe e dexametasona (RVd) foram significativamente mais propensos a alcançar doença residual mínima negativa em comparação com aqueles que receberam apenas RVd. “Este é o primeiro estudo de fase III a desafiar com sucesso um padrão de tratamento amplamente utilizado. Nossos resultados apoiam este tratamento como um novo padrão de tratamento em pacientes elegíveis para transplante com mieloma recém-diagnosticado”, afirmam os pesquisadores. Ângelo Maiolino (foto), professor de hematologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador de hematologia do Americas Centro de Oncologia Integrado, comenta os resultados.





