Após a frustração dos resultados de impacto na sobrevida do uso em primeira linha do bevacizumabe associado ao temodal, novos estudos com imunoterapia e o uso do lomustine são aguardados. Na cirurgia, a combinação de técnicas ajuda a aumentar as possibilidades da ressecção máxima segura.
Na neuroimagem, o ano de 2014 ratificou os critérios RANO dentro da prática clínica, destacando-se a necessidade de realização de ressonância no pós-operatório de gliomas em até 72 horas da cirurgia com sequências em difusão. Também evidenciou-se a importância da sequência perfusão no acompanhamento dos gliomas, dentro do diagnóstico diferencial de progressão, pseudo progressão e radionecrose.
Na cirurgia, mostra-se ainda a necessidade de ressecção máxima segura para gliomas, inclusive gliomas de baixo grau, ressaltando-se a utilização de técnicas de monitorização neurofisiológica intra-operatória, cirurgia com paciente acordado para cirurgia segura e ressonância intra-operatória e 5ALA para maximizar a ressecção, podendo inclusive associar todas estas modalidades. Em relação ao tratamento oncológico, após a frustração dos resultados de impacto na sobrevida do uso em primeira linha do bevacizumabe associado ao temodal, surgem vários estudos clínicos com imunoterapia e o uso do lomustine, que mostram bons resultados em estudos de fase II. Além disso, conclui-se o estudo EF14 que mostra que o novo TTF associado ao temodal teve significante aumento na sobrevida comparado ao temodal isolado, em estudo conduzido por Roger Stupp, da EORTC.
Marcos Maldaun
Sociedade Latino-Americana de Neuro-oncologia (SNOLA)