Selecionado para a Sessão Plenária do ASCO 2021 (LBA4), o Vision Trial demonstrou resultados da adição de 177Lu-PSMA-617 ao tratamento padrão ou de suporte em pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração (mCRPC). Michael J. Morris, chefe da Seção de Câncer de Próstata no Memorial Sloan Kettering Cancer Center e primeiro autor do trabalho, é o convidado da TV ONCONEWS, em vídeo com a participação do oncologista José Maurício Mota, chefe do Serviço de Oncologia Clínica Geniturinária do ICESP/FMUSP. Assista com legendas em português.

A adição de enzalutamida (ENZA) à terapia de privação androgênica (ADT, da sigla em inglês) reduziu o risco de progressão radiográfica em pacientes com câncer de próstata metastático hormônio sensível (mHSPC). Agora, novos dados de análise post hoc apresentada no ASCO 2021 demonstram que ENZA + ADT proporciona benefício clínico em pacientes com metástases ósseas, independentemente da carga da doença óssea, apoiando a utilidade de ENZA nessa população de pacientes.
O anti-PD-L1 avelumabe se tornou o primeiro tratamento aprovado para pacientes com carcinoma de células de Merkel metastático (mMCC), com base nos dados de eficácia e segurança observados no ensaio de fase II JAVELIN Merkel 200 (NCT02155647). No ASCO 2021, os pesquisadores relataram os dados de sobrevida global em longo prazo da coorte de pacientes com mMCC cuja doença progrediu após ≥1 linha anterior de quimioterapia. “Esses resultados apoiam ainda mais o papel do avelumabe como tratamento padrão para esses pacientes”, avalia a oncologista Andreia Melo (foto), chefe da Divisão de Pesquisa Clínica do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
No estudo de fase III JAVELIN Bladder 100, avelumabe de manutenção em primeira linha + melhor tratamento de suporte prolongou significativamente a sobrevida global vs BSC isolado em pacientes com carcinoma urotelial avançado que não progrediram à quimioterapia à base de platina. Agora, em Poster Discussion no ASCO 2021, foram apresentadas análises post hoc de subgrupos clínicos e genômicos. O oncologista Eduardo Zucca (foto), Diretor de Ensino e Pesquisa do Instituto do Câncer Brasil (ICB), comenta os resultados.
Maria Del Pilar Diz (foto), do ICESP, é autora sênior de estudo aceito no programa científico do ASCO 2021, com resultados sugerindo que o uso concomitante de inibidores da bomba de prótons (PPI) e antibióticos (ATB) está associado a aumento da toxicidade em pacientes de câncer tratados com inibidores de checkpoint imune (ICI), com impacto na sobrevida global e livre de progressão.
Munir Murad Junior (foto), médico da Clínica Oncomed, de Belo Horizonte, é primeiro autor de estudo brasileiro que integra o programa científico do ASCO 2021 e mostra que a taxa de uso de quimioterapia no último mês de vida permanece alta entre os pacientes com câncer no Brasil.
Com base nos resultados do ensaio de Fase II DESTINY-Breast01, o conjugado anticorpo-droga trastuzumabe deruxtecan (T-DXd) foi aprovado para o tratamento de pacientes adultos com câncer de mama HER2+ irressecável ou metastático (mBC) que receberam ≥2 regimes anteriores baseados em anti-HER2 (EUA e Europa) ou fizeram quimioterapia e são refratários ou inelegíveis aos tratamentos padrão (Japão). Na ASCO 2021, análise de subgrupo mostrou resultados de T-DXd em pacientes com história de metástases cerebrais (BMs). “A possibilidade de emprego do trastuzumabe deruxtecan com taxa de resposta sustentável para metástases em SNC torna a droga bastante promissora”, avalia a oncologista Daniella Ramone (foto), médica do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte.
Sibylle Loibl, do German Breast Group, apresentou no ASCO 2021 dados de estudo randomizado (GeparNuevo) que avaliou o anti PD-L1 durvalumabe em pacientes com câncer de mama triplo negativo no cenário neoadjuvante (Abstract 506).
Estudo cooperativo do AGO Study Group confirma que a duração do tratamento com bevacizumabe (BEV) de 15 meses continua sendo o padrão terapêutico em pacientes com câncer de ovário epitelial (CEO), câncer de trompas de falópio (CTF) ou câncer peritoneal primário (CPP). Os resultados apresentados no ASCO 2021 mostram que o tratamento mais longo com BEV por até 30 meses não melhorou a sobrevida global, nem a sobrevida livre de progressão nessa população de pacientes.
Estudo cooperativo do NRG Oncology/NSABP destacado em sessão oral mostra resultados do Breast Cancer Index (BCI) como preditor do benefício da terapia estendida com inibidor de aromatase no câncer de mama receptor hormonal (RH+). “O estudo conclui que o BCI preditivo não discriminou o benefício do letrozol estendido em relação ao intervalo livre de recorrência, e que a recorrência à distância foi tempo dependente”, esclarece o mastologista Silvio Bromberg (foto).
Estudo multicêntrico italiano (TOTEM) apresentado na sessão de câncer ginecológico mostra que o uso rotineiro de exames de imagem e laboratoriais em pacientes tratadas para câncer de endométrio não tem impacto em sobrevida global ou em qualidade de vida. “Os resultados nos mostram que nem sempre um seguimento mais intensivo com múltiplos exames de imagem traz benefícios em termos de sobrevida para pacientes com câncer”, avalia Mariana Scaranti (foto), oncologista da DASA.





