Os oncologistas Fernando Maluf, Igor Morbeck e Felipe Moraes analisam os destaques da sessão oral de Geniturinário - Próstata apresentados na ASCO 2019, considerando diferentes cenários. Em perspectiva, resultados de longo prazo do estudo francês GETUG-AFU 16, assim como os dados do TITAN, com análises de sobrevida global e sobrevida livre de progressão de apalutamida no contexto da doença metastática hormônio sensível. Na doença metastática resistente a castração, novos dados ajudam a refinar a seleção de tratamento. Assista.

A adição de apalutamida (APA) ao tratamento de deprivação androgênica (ADT) melhorou a sobrevida livre de progressão radiográfica (rSLP) e sobrevida global (SG) em pacientes com câncer de próstata metastático sensível à castração (mCSPC), com redução de 33% no risco de morte. Os dados são do estudo TITAN, apresentados na ASCO 2019 pelo oncologista Kim N. Chi (foto), médico do BC Cancer Agency, em Vancouver, Canadá, e primeiro autor do trabalho.
A radioterapia de resgate combinada com a hormonioterapia de curto prazo melhorou significativamente a sobrevida livre de metástase em dez anos em comparação com a radioterapia de resgate isolada. Os resultados do estudo randomizado de fase III GETUG-AFU 16 foram apresentados na sessão oral de Tumores Geniturinários – Próstata da ASCO 2019 pelo radioterapeuta Nicolás Magné (foto), da Universidade de Paris VI.
Basket trial de fase II apresentado na ASCO 2019 avaliou a atividade do anticorpo droga-conjugado anti-HER2 ado-trastuzumabe emtansine em pacientes com câncer de glândulas salivares (SCGs), um tumor raro sem terapia aprovada para a doença metastática. A amplificação de HER2 ocorre em 8% entre todas as histologias das SCGs e em 25 a 33% do subtipo histológico agressivo de carcinoma ductal salivar (SDC). O estudo atingiu o endpoint primário ao demonstrara que o anticorpo droga-conjugado é eficaz em pacientes com HER2-amplificado. O oncologista Bob T. Li (foto), do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, é o primeiro autor do estudo.
Análise final do estudo de fase III KEYNOTE-048 apresentada na ASCO 2019 demonstrou a eficácia e segurança da combinação de pembrolizumabe + platina +5-FU como tratamento de primeira linha em pacientes com carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço recorrente/metastático. Os resultados foram apresentados por Danny Rischin (foto), primeiro autor do estudo e chefe do Departamento de Oncologia Médica no Peter Maccallum Cancer Centre, Austrália.
Estudo apresentado na sessão oral de câncer de cabeça e pescoço na ASCO 2019, em Chicago, demonstrou que o regime baseado em taxano TPEx é uma nova opção na primeira linha de tratamento do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço recorrente/metastático, com menor tempo em quimioterapia e toxicidade significativamente menor do que o regime padrão EXTREME. Joel Guigay (foto), Diretor do Cancer Center Antoine-Lacassagne em Nice, França, é o primeiro autor do estudo.
Estudo apresentado sexta-feira, 31 de maio, na sessão oral de Tumores Geniturinários – Próstata do ASCO 2019 demonstrou que darolutamida mantém a qualidade de vida em pacientes com câncer de próstata não metastático resistente à castração, em comparação com placebo.
Os resultados do estudo MONALEESA-7 foram apontados entre os destaques da ASCO 2019 e mostram que a adição de ribociclibe (Kisqali®, Novartis) à terapia endócrina aumentou a sobrevida de pacientes na pré-menopausa com câncer de mama receptor hormonal positivo, HER 2 negativo (HR+ / HER2-), em comparação com a terapia endócrina isoladamente. A apresentação do estudo será terça-feira, 04 de junho, na sessão oral de câncer de mama metastático. A oncologista Sara Hurvitz (foto), diretora do Programa de Pesquisa Clínica em câncer de mama na UCLA Jonsson Comprehensive Cancer Center, em Los Angeles, é a primeira autora.
A experiência do Americas Centro de Oncologia Integrada com o uso de terapia oral na assistência oncológica é descrita em artigo de Mauro Zukin (foto) e colegas, aceito para publicação eletrônica na ASCO 2019.
O oncologista Gilberto Castro (foto) é o primeiro autor de estudo que avaliou a caquexia em sobreviventes de CEC de cabeça e pescoço tratados com quimiorradioterapia baseada em cisplatina (CRT). Aceito para publicação eletrônica na ASCO 2019, o trabalho reflete a experiência do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) com 120 pacientes atendidos entre janeiro de 2014 e fevereiro de 2017.
O oncologista Tiago Biachi de Castria (foto), médico do ICESP e do Hospital Sírio-Libanês, é primeiro autor de estudo aceito para publicação eletrônica na ASCO 2019, que avaliou o impacto da quimioterapia adjuvante/perioperatória e da quimiorradioterapia adjuvante nos resultados clínicos, de acordo com o perfil dos subtipos moleculares.





