Estudo apresentado no San Antonio Breast Cancer Symposium sugere que mulheres mais velhas com câncer de mama metastático HER2-negativo, com status positivo de receptor hormonal, tratadas com inibidores de quinase dependentes de ciclinas 4 e 6 (CDK4/6) alcançaram taxas de sobrevida livre de progressão semelhantes às de mulheres mais jovens.

Os resultados do estudo PANACEA de fase Ib/II sugerem que a combinação de pembrolizumabe e trastuzumabe beneficia pacientes com câncer de mama HER2+ metastático com expressão de PD-L1, que progrediram à terapia inicial. Os resultados apresentados em San Antonio mostram que o estudo atingiu seu endpoint primário, com taxa de resposta objetiva (ORR) de 15,2%. O tratamento com pembrolizumabe/ trastuzumabe atingiu uma taxa de controle da doença de 24% em pacientes com expressão positiva de PD-L1 (PD-L1+). Não houve respostas no grupo PD-L1-negativo.
O oncologista Marcio Debiasi (foto), diretor científico do LACOG/GBECAM, preceptor do serviço de oncologia clínica do Hospital São Lucas da PUCRS e médico do Hospital do Câncer Mãe de Deus, em Porto Alegre, comenta em vídeo alguns dos estudos que foram destaque no San Antonio Breast Cancer Symposium 2017, realizado em dezembro, no Texas, EUA. Assista.
As células tumorais circulantes (CTC) cinco anos após o diagnóstico são prognósticas para a recorrência tardia do câncer de mama HER2 negativo, ressecável, estádio II-III. É o que mostra estudo apresentado em San Antonio, indicando que um teste de CTC positivo pode representar um novo paradigma na avaliação de risco.
O estudo SOLD avaliou 2.176 mulheres com câncer de mama HER2+ e apresentou na conferência de San Antonio os resultados de eficácia e segurança comparando o uso de trastuzumabe pelo padrão de 12 meses após a quimioterapia versus o uso por 9 semanas após a quimioterapia. Não houve diferença substancial de sobrevida global e sobrevida livre de doença entre os dois braços avaliados, mas o estudo não alcançou o poder estatístico planejado. Os dados foram apresentados por Heikki Joensuu (foto), professor do Departmento de Oncologia na Universidade de Helsinque, Finlândia.
Controlar o peso diminui o risco de câncer de mama invasivo em mulheres pós-menopáusicas. É o que sugere estudo observacional que avaliou mais de 61 mil mulheres na pós-menopausa inscritas na Women's Health Initiative (WHI).
O inibidor de PARP talazoparib mostrou resultados de eficácia e segurança em pacientes com câncer de mama avançado HER2 - e mutação germinal BRCA. Os dados do estudo EMBRACA foram apresentados por Jennifer Litton (foto), do MD Anderson, na conferência de San Antonio, e mostram que o agente experimental teve benefício clínico em todos os subgrupos avaliados e prolongou significativamente a sobrevida livre de progressão.
Estudo randomizado apresentado no San Antonio Breast Cancer Symposium trouxe evidências do benefício da acupuntura no controle de sintomas articulares associados ao tratamento com inibidores de aromatase no câncer de mama.
Meta-análise do Early Breast Cancer Trialist's Collaborative Group, que avaliou 21 mil mulheres em 16 estudos randomizados, mostrou que aumentar a densidade da dose de quimioterapia adjuvante, com intervalos menores de administração ou administração sequencial, reduz a mortalidade e recorrência da doença. Os resultados estão entre os destaques do programa científico do San Antonio Breast Cancer Symposium 2017 e reforçam evidências sobre riscos e benefícios da quimioterapia dose-densa na adjuvância do câncer de mama de alto risco.
O programa científico da conferência de San Antonio destacou o estudo randomizado de fase III (NSABP-B47) que avaliou o uso de trastuzumabe adjuvante em mulheres com câncer de mama em risco de recorrência, mas com fraca expressão de HER2 (IHC 1+ ou 2+ com FISH negativo). O estudo é do NRG Oncology e falhou ao não demonstrar benefício de sobrevida livre de doença invasiva nessa população de pacientes.





