A radioterapia pós-operatória (PORT) em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) após ressecção completa e após quimioterapia (neo) adjuvante não mostrou diferença estatisticamente significativa na sobrevida livre de doença (SLD) em 3 anos, de acordo com dados apresentados no ESMO 2020 pela médica especialista em radioterapia Cécile Le Pechoux (foto), do Institut Gustave Roussy, em Paris, França (LBA3).

Apesar da oferta crescente de painéis multigênicos e soluções de biópsia líquida, muitas das alterações genômicas detectadas ainda não são usadas na rotina para embasar decisões de tratamento. Para auxiliar a comunidade médica, especialistas europeus desenvolveram a ESMO ESCAT, que classifica as alterações genômicas com base na acionabilidade clínica de alvos moleculares. A apresentação do ESCAT foi um dos destaques do programa científico do ESMO 2020.
Estudo liderado pelos oncologistas Antonio Fabiano Ferreira Filho e Daniela Lessa da Silva (foto), diretores médicos da clínica Oncosinos, em Novo Hambugo (RS), analisou a viabilidade de uma avaliação geriátrica com design realista (RDGA) para verificar os domínios geriátricos mais críticos em pacientes idosos com câncer. O trabalho foi selecionado para apresentação em poster no ESMO 2020 (1860P).
No ensaio CASPIAN de fase III, a adição de durvalumabe ao padrão de platina-etoposide (D+EP) melhorou significativamente a sobrevida global (HR 0,73) de pacientes com câncer de pulmão pequenas células escamoso (ES-CPPC), com benefício sustentado após> 2 anos de seguimento médio (HR 0,75), indicando que 22% dos pacientes estavam vivos aos 24 meses. Nova análise apresentada no ESMO 2020 mostrou resultados de longo prazo e explorou a relação entre carga mutacional do tumor (TMB) e os resultados de eficácia na população ITT.
A recidiva de SNC é comum no câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) e reconhecidamente um fator de mau prognóstico. No cenário do CPCNP ressecado EGFR mutado, o impacto do tratamento nos locais de recorrência tem papel-chave, contexto que motivou ensaio de Fase III com osimertinibe nessa população de pacientes. Análise exploratória apresentada na ESMO 2020 (LBA1) por Masahiro Tsuboi (foto) mostrou benefício de osimertinibe no controle da doença, com redução de 82% no risco de recorrência no SNC ou morte. Os resultados foram publicados simultaneamente no New England Journal of Medicine.
O ensaio clínico aberto de Fase III (PROfound ) alcançou seu principal endpoint e mostrou que olaparibe prolongou a sobrevida livre de progressão radiográfica em pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração (mCPRC) em progressão da doença e com alterações em BRCA1, BRCA2 e ATM. Agora, apresentou na ESMO 2020 os dados finais de sobrevida global, principal endpoint secundário. Os resultados foram publicados no New England Journal of Medicine (NEJM).
Bruna Raphaeli Mattos (foto), do A.C.Camargo Cancer Center, é primeira autora de estudo multicêntrico que buscou avaliar os fatores prognósticos em pacientes com câncer anal metastático, com foco nos resultados de pacientes infectados pelo HIV. O trabalho foi selecionado para apresentação em poster no ESMO Virtual Congress 2020.






