Grupos brasileiros estudam alternativas que podem baratear o custo dos cuidados com o câncer. Abordagens buscam promover maior agilidade no diagnóstico do melanoma e economia nas técnicas de marcação e localização de tumores de mama.
Grupos brasileiros estudam alternativas que podem baratear o custo dos cuidados com o câncer. Abordagens buscam promover maior agilidade no diagnóstico do melanoma e economia nas técnicas de marcação e localização de tumores de mama.
Eles têm a missão de disseminar informação para a sociedade civil e subsidiar a gestão de políticas públicas. A epidemiologista Maria Paula Curado fala dos Registros de Câncer de Base Populacional e mostra como refinar o mapa do câncer no Brasil.
Em tempos de seleção molecular e terapias personalizadas, falhas no diagnóstico morfológico e molecular do câncer podem levar o paciente a perder uma janela de oportunidades e prejudicar seriamente o desfecho clínico. “No momento atual, quando evoluímos a cada dia para tratamentos mais conservadores, errar um diagnóstico pode levar a uma cirurgia desnecessária", defende Helenice Gobbi, nome de referência na patologia mamária.
O rastreamento para diagnóstico e tratamento do câncer colorretal e lesões precursoras é eficaz em populações com peso significativo da doença, mas o método de escolha divide opiniões de médicos e fontes pagadoras.
Disputa por novos nichos atrai a atenção das big pharma e reforça alianças estratégicas. Startups estimulam um aquecido ambiente de mercado e novas promessas.
Brasil precisa adotar políticas públicas capazes de sensibilizar a população e reverter a curva ascendente de casos de câncer de pele no país, incluindo melanoma. Difundir a regra do ABCDE pode ser um bom caminho para aumentar a conscientização do problema.
Experiência do Hospital de Câncer de Barretos mostra superioridade da citologia em base líquida. O estudo RODEO mostrou que o método foi significativamente superior ao esfregaço convencional na detecção de lesões intraepiteliais cervicais escamosas de alto grau.
Annemeri Livinalli (foto), da Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia (SOBRAFO),comenta o estudo do National Institute for Occupational Safety and Health sobre manipulação e administração de antineoplásicos.
Com resultados empolgantes em tumores hematológicos, a eficácia das células CAR começa a ser testada também em diversos tipos de tumores sólidos. A abordagem se baseia no uso de uma molécula chamada CAR, os receptores quiméricos de antígeno, aplicada aos linfócitos T.
Excesso de gordura corporal eleva níveis de hormônios como insulina, leptina, estrogênio e fatores de crescimento que estimulam a proliferação celular e inibem a apoptose. Índice de massa corporal (IMC) elevado aumenta o risco para o desenvolvimento dos dez tipos de câncer mais incidentes.
A Anvisa aprovou no dia 28 de julho o uso de imbruvica (Ibrutinib®) e ampliou o arsenal para o tratamento de leucemia linfocítica crônica (LLC), depois da recente aprovação no Brasil de duas outras alternativas de tratamento (obinutuzumab e ofatumumab). O hematologista Nelson Hamerschlak comenta as novidades no cenário da LLC e fala da experiência do Hospital Israelita Albert Einstein no controle da doença.
A síndrome de Lynch foi tema obrigatório no INSIGHT 2015, o maior encontro mundial da comunidade dedicada ao câncer gastrointestinal hereditário, que desta vez foi realizado em São Paulo. O congresso contou com a presença de Patrick Lynch, do MD Anderson Cancer Center, filho de Henry Lynch, que em 1967 publicou a primeira descrição do câncer.
Concebida como ferramenta para racionalizar os custos da saúde e subsidiar critérios de avaliação de tecnologias sanitárias, a farmacoeconomia traz um debate cada vez mais presente, com perspectivas que vão do modelo de P&D à questão do acesso. As novidades apresentadas na ASCO 2015 reacendem o debate sobre a necessidade de achar caminhos mais sustentáveis para o acesso aos modernos regimes terapêuticos no tratamento do câncer.
No final de abril, o registro do primeiro biossimilar do mercado nacional, o Remsima® (infliximabe), reacendeu o debate. Os biossimilares chegam com a promessa de expandir acesso, com custos mais sustentáveis. O ‘x’ da questão é cumprir o desafio de assegurar eficácia, segurança e qualidade, o que faz oscilar a visão sobre a bioindústria farmacêutica brasileira entre a expectativa e o ceticismo.
Um novo cenário de atenção ao idoso com câncer valoriza o critério de idade biológica para reforçar a importância de uma nova atitude terapêutica na oncogeriatria.
Dez anos depois de lançar o projeto piloto de notificação eletrônica em São Paulo, a vigilância sanitária reconhece que é preciso vencer o desafio da subnotificação e confirma que a participação da oncologia se mantém tímida. A vigilância sanitária diz que notificar uma reação adversa é um processo simples, rápido e seguro.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) permitem estimar que 5,5 milhões de pacientes com câncer na fase terminal vão morrer sem acesso a tratamentos efetivos para o controle da dor. O cenário aponta para a necessidade urgente de melhorar a educação médica, romper barreiras culturais e facilitar o acesso a medicamentos adequados.
Apesar de ainda subutilizados, os serviços de telemedicina já são uma realidade na prática diária dos profissionais de alguns centros de referência no tratamento do câncer no país. Aplicações vão desde o diagnóstico à distância, serviços de segunda opinião e acompanhamento de pacientes até a disseminação de conhecimento científico.
Especialistas propõem repensar a relação teoria e prática na formação médica, criticam a fragmentação curricular e argumentam que a oncologia pode ser uma plataforma de excelência para suportar temas transversais. Diante das profundas transformações na saúde pública, que caminhos podem apontar saídas mais propositivas para a formação médica e como isso dialoga com o universo da oncologia?
Exemplos mostram que vale à pena trazer a oncologia para a graduação médica. É na perspectiva de valorizar a especialidade, sem perder de vista o foco na assistência integral, que a multiplicação das ligas de oncologia assume papel central na construção de verdadeiras pontes do conhecimento.
Instituído pelo Ministério da Saúde em 2012, o Programa Nacional de Apoio a Atenção Oncológica (PRONON) é um incentivo e tanto para que a sociedade escolha fazer uma doação em vez de pagar Imposto de Renda. Instituições apoiadas pelo PRONON mostram projetos importantes, como a estruturação de biobancos ou a busca por biomarcadores no câncer de próstata metastático resistente à terapia hormonal.