88% dos médicos afirmam prescrever biossimilares, mas a compreensão do assunto ainda é restrita. Pesquisa mostra que existe uma necessidade educacional significativa para médicos, pacientes e responsáveis por políticas regulatórias.
88% dos médicos afirmam prescrever biossimilares, mas a compreensão do assunto ainda é restrita. Pesquisa mostra que existe uma necessidade educacional significativa para médicos, pacientes e responsáveis por políticas regulatórias.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica fundou a primeira diretoria de qualidade e segurança em cirurgia do câncer, com o objetivo de produzir diretrizes para determinar a qualidade e segurança do tratamento e contribuir para disseminar as melhores práticas. “Precisamos perseguir a excelência e assumir a segurança do paciente como um valor central”, afirma o oncocirurgião Felipe José Fernandez Coimbra (foto), presidente da SBCO.
Instituto de Física da USP de São Carlos, em parceria com o Hospital de Câncer de Barretos, desenvolve biossensor para facilitar o diagnóstico precoce do câncer de pâncreas. Expectativa é permitir que o médico faça a leitura imediata dos dados, no leito do paciente ou no consultório.
O cenário do câncer de próstata resistente a castração vive um dos mais dinâmicos momentos da oncologia. Aqui, não são ainda os inibidores de checkpoint que têm feito a diferença, mas uma nova geração de agentes capazes de vencer a recorrência bioquímica e a progressão radiográfica, ampliando a sobrevida e a qualidade de vida de pacientes em um contexto até pouco tempo fora de alcance terapêutico.
O uso de laser intersticial para ablação de tumores de mama de até dois centímetros é objeto de pesquisa coordenada pelos mastologistas Afonso Celso Pinto Nazário (à esquerda), da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, e Silvio Bromberg, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Parecer do Instituto Nacional do Câncer (INCA) enviado ao STF no final de janeiro é parte de mais um capítulo no caso da fosfoetanolamina, que galvanizou a opinião pública e deixou perplexa a comunidade científica internacional. A polêmica parece longe de chegar ao fim.
Progressos vão da patologia às técnicas de neuroimagem; da neurocirurgia à imunoterapia em tumores do SNC. A preservação da qualidade de vida também ganhou espaço, com medidas neuroprotetoras com o uso da mementina e preservação do hipocampo.
O preço dos oncológicos voltou a ocupar o noticiário de economia, desta vez em artigo publicado na Forbes. Estudo apresentado na ESMO ganha repercussão na mídia americana e põe em evidência a necessidade de debater um modelo mais sustentável para a oncologia.
Desde 2010, o tratamento do melanoma passa por grandes mudanças. Novas drogas e conceitos vêm se estabelecendo e em 2015 respostas importantes foram dadas, mas novas perguntas se apresentam para os próximos anos. A combinação de anti-PD1 e anti-CTLA4 tem sido considerada a melhor estratégia na doença metastática sintomática. Confira a análise dos oncologistas Rafael Schmerling e Alberto Wainstein, membros do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM).
Estudos reforçam evidências em câncer de próstata avançado e modernos inibidores de checkpoint são promessa em tumores de bexiga. Em câncer renal, os resultados do estudo ASSURE decepcionaram. O oncologista Igor Morbeck (foto), do Grupo Brasileiro de Tumores Urológicos (GBTU), comenta o que marcou o panorama geniturinário em 2015.
Na oncologia ginecológica, 2015 também presenciou grandes avanços na pesquisa e prática clínica. Antiangiogênicos e modernos TKIs mostram papel na oncologia ginecológica. Estudos avaliaram a adição do bevacizumabe a esquemas de quimioterapia em pacientes com câncer de colo do útero e de ovário refratárias ou resistentes à platina. Confira a análise de Andréia de Melo, Diretora de Ensino do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA).
2015 termina sem surpresas na área do câncer de mama. Entre os poucos avanços, estudos como o PALOMA e CONFIRM reforçam evidências na doença RH positiva. Quem comenta o cenário do tratamento do câncer de mama é Carlos Barrios, professor da Faculdade de Medicina da PUCRS e diretor administrativo e relações internacionais do Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (GBECAM).
Como tem acontecido com quase todas as áreas da oncologia, em 2015 a imunoterapia trouxe dados preliminares, porém bastante animadores, para os tumores gastrointestinais. Segundo Anelisa Coutinho, oncologista na clínica AMO e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), a opção terapêutica deve ser muito investigada e testada nos próximos anos, com o desafio de avaliar a possibilidade de combinação com terapias já vigentes e uso em linhas mais precoces de tratamento.
O ano de 2015 foi marcante para a abordagem do câncer de pulmão. Tivemos a aprovação de duas novas drogas que mudam a maneira de pensar o tratamento de câncer de pulmão não pequenas células, além da imunoterapia e sua grande mudança de paradigma. Mauro Zukin (foto), diretor técnico do Grupo COI e vice-presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), aponta as mudanças que marcaram o ano no tratamento do câncer de pulmão.
Para Luiz Paulo Kowalski (foto), diretor do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do AC Camargo Cancer Center e membro da International Academy of Oral Oncology, a indicação do esvaziamento cervical continua controversa.
Terapia fotodinâmica já é utilizada no tratamento de câncer de pele não melanoma e de lesões precursoras do câncer do colo do útero. Tecnologia transforma fármaco em uma substância sensível à luz que, irradiada por um comprimento de onda específico, age seletivamente nas lesões.
Em 2015, a Política Nacional de Atenção Oncológica completou 10 anos, mas questões-chave continuam sem resposta. Da teoria à prática, sobram desafios. Para sociedades médicas ligadas à oncologia, subfinanciamento está na base dos grandes gargalos da assistência oncológica.
Programa não vai repor nem a metade das nossas necessidades, critica a Sociedade Brasileira de Radioterapia. Para cumprir a recomendação da OMS, precisaríamos ter 680 aparelhos. Temos 357, diz SBRT.
Dados do SISCAN mostram que 40% dos pacientes são atendidos após o prazo máximo. A Lei dos 60 dias caminha aos tropeços e a fiscalização preocupa.
SBOC diz que expansão do atendimento não representa melhoria de acesso e mostra evolução da mortalidade por câncer. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade mostram um aumento significativo dos óbitos por neoplasias no Brasil, entre 2005 e 2013.
Lei 13.169 de 2015 estende por mais cinco anos a vigência do PRONON, que passa a valer até 2020
Iniciativa quer estimular a ampliação dos serviços de assistência e fomentar a pesquisa científica na área de oncologia.