O oncologista brasileiro Daniel Vilarim Araújo (foto), fellow do Princess Margaret Hospital, em Toronto, no Canadá, é um dos jovens especialistas escolhidos para receber o Young Investigator Award 2020. O prêmio é oferecido pela Conquer Cancer Foundation, fundação da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), a oncologistas em início de carreira para incentivar e promover pesquisas de qualidade em oncologia clínica.

Estudo multicêntrico do grupo de pesquisa ECOG-ACRIN comparou cirurgia versus terapia sistêmica em pacientes com câncer de mama estágio IV com doença de novo. Os resultados foram selecionados para Sessão Plenária, em apresentação de Seema Ahsan Khan, e mostram que a terapia locorregional (TLR) não melhorou os resultados de sobrevida e deteriorou a qualidade de vida (LBA2). Sílvio Bromberg (foto), mastologista do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do departamento de Mastologia da BP Mirante, analisa os resultados.
O estudo de Fase II TROPHIMMUN demonstrou a eficácia do inibidor de checkpoint anti-PD-L1 avelumabe em pacientes com neoplasia trofoblástica gestacional resistente à mono-quimioterapia, com um perfil de segurança favorável em comparação com a quimioterapia (LBA6008).
Destaque do panorama gastrointestinal, a apresentação dos resultados finais de sobrevida global (SG) e sobrevida livre de doença (SLD) em 5 anos do International Duration Evaluation of Adjuvant Chemotherapy (IDEA) Collaboration continuam a apoiar o uso de CAPOX adjuvante por três meses para a grande maioria dos pacientes com câncer de cólon estágio III. “Os dados apresentados necessitam ser amplamente e consistentemente adotados pelos serviços de oncologia, dado sua significância clínica”, avalia o oncologista Rivadávio Antunes de Oliveira (foto), preceptor e chefe da residência de Oncologia Clínica do Hospital do Câncer de Londrina (HCL).
A biópsia do linfonodo sentinela isolada é oncologicamente segura no câncer cervical em estágio inicial. Os dados foram apresentados na sessão oral de tumores ginecológicos do ASCO 2020.
Estudo de Fase II demonstrou a eficácia da combinação de cediranibe e olaparibe na sobrevida livre de progressão em pacientes com câncer de ovário de alto grau sensível à platina em comparação com olaparibe isolado. No ASCO 2020, os resultados de estudo randomizado, aberto, de Fase III, demonstraram atividade semelhante da combinação com o padrão de cuidados (SOC), sem atingir o endpoint primário de melhora da sobrevida livre de progressão.
Apresentado na sessão oral de GI-não colorretal do ASCO 2020, o estudo randomizado de fase II SWOG S1505 avaliou o potencial de controle precoce da doença sistêmica com quimioterapia perioperatória em pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático ressecável (Abstract #4504).
O oncologista Fernando Maluf (foto) é primeiro autor de estudo cooperativo brasileiro selecionado para apresentação oral no ASCO 2020. Este estudo randomizado de Fase II avaliou diferentes regimes de tratamento no câncer de próstata avançado hormônio sensível, considerando abiraterona e apalutamida isoladamente ou em combinação com esquemas de privação androgênica (Abstract #:
Indicado como o primeiro Late Breaking Abstract do ASCO 2020, o estudo JAVELIN Bladder 100 mostrou o maior benefício de sobrevida observado até o momento no câncer urotelial avançado. “Quando usado como terapia de manutenção na doença irressecável, avelumabe estendeu significativamente o tempo até a recorrência ”, disse o presidente da ASCO, Howard A. Burris III, sobre os resultados deste ensaio de Fase III que comparou avelumabe com os melhores cuidados de suporte após quimioterapia, mostrando aumento significativo na sobrevida global, com 21.4 meses versus 14.3 meses (LBA 1).
Osimertinibe, um inibidor de tirosina-quinase de EGFR (TKI-EGFR) de terceira geração, é um dos destaques da Sessão Plenária do ASCO 2020, com dados de estudo de Fase III (ADAURA) mostrando redução de 83% no risco de recorrência ou morte em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas EGFR mutados que receberam tratamento adjuvante (HR= 0,17; p <0,0001). Dos pacientes com CPCNP em estágio II-IIIA que receberam osimertinibe, 90% estavam vivos após dois anos sem o câncer recorrente, em comparação com 44% dos que receberam placebo. “É um ensaio que excedeu nossas expectativas”, disse Roy S. Herbst, que descreveu os resultados em apresentação virtual (LBA 5).
Selecionado para apresentação em Sessão Plenária no ASCO 2020, estudo randomizado de Fase III do ECOG-ACRIN Research Group avalia a terapia sistêmica + tratamento local vs terapia sistêmica isolada em mulheres com câncer de mama de novo estádio IV (LBA2). Silvio Bromberg (foto), mastologista do Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e do departamento de Mastologia da BP Mirante, discute estudos anteriores que avaliaram a estratégia, contextualizando o cenário ainda controverso. Ouça, em mais um PODCAST ONCONEWS.





