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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO GU 2017

Biópsia líquida no câncer de próstata avançado

Biopsia_Liquida_NET_OK.jpgAnálises de biópsia líquida do DNA tumoral circulante (ctDNA) a partir de amostras de sangue revelam informações com potencial prognóstico no câncer de próstata metastático resistente à castração (CPRCm)e podem apontar o caminho para o desenvolvimento de novas terapias-alvo. O estudo foi apresentado no 2017 Genitourinary Cancers Symposium.

Os resultados revelaram que o ctDNA foi detectado em 94% dos pacientes com CPRCm, com alterações genéticas semelhantes às observadas no tecido tumoral. "O teste de DNA tumoral circulante é uma ferramenta de pesquisa valiosa para descobrir novos alvos moleculares" disse o principal autor do estudo, Guru Sonpavde, professor associado da medicina na Universidade do Alabama, em Birmingham. "Eventualmente, também pode servir como uma alternativa não-invasiva à biópsia tradicional em casos onde a biópsia de tecido não é segura ou viável. No entanto, é necessário um ensaio clínico controlado, prospectivo para confirmar que a seleção do tratamento com base na informação molecular a partir deste exame de sangue melhora os resultados do paciente”, acrescentou.
 
O estudo

Os pesquisadores analisaram o DNA tumoral circulante de amostras de sangue de 514 pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração confirmado. O exame de sangue (Guardant360) examinou as mudanças em 70 genes relacionados ao câncer. A associação entre alterações de DNA e desfechos clínicos foi explorada em 163 pacientes. Além disso, os pesquisadores exploraram como as evoluções genômicas evoluíram ao longo do tempo em 64 pacientes que foram submetidos a análises de sangue periódicas.
 
Quase todos (n=482, 94%) pacientes tiveram pelo menos uma alteração detectada no ctDNA. Um número maior de alterações genéticas, incluindo mudanças no gene do receptor de androgênio (AR), foi associado com piores resultados de tratamento, como uma tendência para uma sobrevida mais curta (embora a diferença na sobrevida não tenha sido estatisticamente significativa).
 
Os genes mais frequentemente mutados foram TP53 (36%); AR (22%); APC (10%); NF1 (9%); EGFR, CTNNB1 e ARID1A (6% cada); e BRCA1, BRCA2 e PIK3CA (5% cada). Os genes mais comuns com aumento do número de cópias foram AR (30%), MYC (20%) e BRAF (18%).
 
Atualmente, não existem tratamentos aprovados para o câncer de próstata que tenham como alvo essas mutações genéticas específicas, embora vários estudos estejam em andamento.
 
No grupo de pacientes submetidos a exames de sangue periódicos, os pesquisadores observaram maior número de alterações genéticas e alterações de AR associadas a desfechos clínicos desfavoráveis e novas alterações AR e BRCA surgiram após a terapia. Estes dados sugerem que o desenvolvimento de agentes de salvamento com alvos de alterações AR e inibidores de PARP podem são promissores.
 
Referência: Abstract 149: Circulating tumor (ct)-DNA alterations in metastatic castration-resistant prostate cancer (mCRPC): Association with outcomes and evolution with therapy - Sonpavde, Guru et al. - J Clin Oncol 35, 2017 (suppl 6S; abstract 149)

 

 

 
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