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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO GU 2017

Seleção molecular no câncer de próstata

ASCO_prostata_1.jpgO câncer de próstata pode ser classificado com base na célula de origem, nos subtipos luminal A, luminal B e basal, sendo o câncer de próstata luminal B o de pior prognóstico, mas também aquele que obtém o maior benefício da terapia de privação androgênica (ADT). Os dados foram apresentados na ASCO GU.

Os pesquisadores levantaram a hipótese de que, a exemplo de outros adenocarcinomas associados a hormônios, como o câncer de mama, também o câncer de próstata poderia ser dividido com base em subtipos moleculares para ajudar a orientar as decisões de tratamento.
 
Felix Feng, da Universidade da Califórnia, apresentou o estudo e descreveu o uso do teste PAM50, que mede a expressão de 50 classificadores e cinco genes de controle para diferenciar o envolvimento basal e luminal.
 
O estudo considerou 1.567 amostras de pacientes com câncer de próstata de alto risco submetidos à prostatectomia radical.
 
Resultados
 
O estudo identificou que o teste PAM50 pode realmente classificar o câncer de próstata em luminal A, luminal B e subtipos basais. Em relação ao padrão de expressão, os mapas de calor obtidos a partir do teste se assemelham aos vistos no câncer de mama, onde os três tipos são facilmente distinguíveis.  
 
Este achado foi validado em outras 6.300 amostras de câncer de próstata, mostrando que o teste é um classificador robusto e reprodutível.
 
Outro achado relevante mostrou que o subtipo é clinicamente significativo. Pacientes com a doença luminal B tiveram pior resultado na comparação com os outros dois subtipos. As taxas de sobrevida livre de recidiva bioquímica aos 10 anos foram de 41% e 39% para os subtipos luminal A e basal, respectivamente, em comparação com 29% para o luminal B.
 
Quando se avalia a sobrevida livre de metástases aos 10 anos, os resultados também mostram a diferença na evolução clínica, com 73% dos casos de luminal A e doença basal livres de progressão, em comparação com 53% dos casos de câncer de próstata luminal B.
 
Na análise de sobrevida câncer específica, o luminal A apresentou taxa de 89% aos 10 anos, o carcinoma basocelular uma taxa de 86% e o luminal B uma taxa de 78%. Na avaliação de sobrevida global aos 10 anos, o luminal A teve 82%, o basal 80% e o luminal B 69%. Numa análise multivariada, luminal A e basal com risco significativamente reduzido de progressão metastática quando comparado com a doença luminal B. Para luminal A, a razão de risco foi 0,55 IC 95% [0,43, 0,69]; P = 5,4x10-7); para doença basal, a FC foi 0,66 IC 95% [0,53; 0,82]; P = 2,0x10-4).

O estudo também sugere que o subtipo pode prever a resposta ao ADT, indicando que pacientes com doença luminal B parecem obter maior benefício da terapia. Enquanto ambos os subtipos luminal estavam associados com aumento da expressão e sinalização do receptor de androgenio, apenas os cânceres de próstata luminal B foram significativamente associados com a resposta pós-operatória à terapia de privação androgênica. Outro estudo deve ampliar as investigações.
 
Referência: Abstract 03: Luminal and basal subtyping of prostate cancer - Feng, Felix Yi-Chung et al - J Clin Oncol 35, 2017 (suppl 6S; abstract 3)

 

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