Einstein vídeos - Rafael Kaliks, oncologista do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein comenta a sessão da ASCO 2017 que discutiu a utilização de testes moleculares como meio de identificar alvos terapêuticos.
Einstein vídeos - Rafael Kaliks, oncologista do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein comenta a sessão da ASCO 2017 que discutiu a utilização de testes moleculares como meio de identificar alvos terapêuticos.
A análise interina de um estudo francês com 1.944 pacientes com câncer avançado sugere que o teste genômico generalizado de rotina é viável, embora no momento ofereça benefícios clínicos apenas a um subgrupo de pacientes. Segundo os autores, apesar de um número crescente de pacientes com câncer avançado receber algum teste genômico, testes abrangentes ainda não fazem parte da rotina de cuidados.
Um estudo clínico com quase 2 mil homens mostrou que a adição de acetato de abiraterona (Zytiga®) ao regime de tratamento inicial padrão para câncer de próstata avançado de alto risco diminuiu o risco relativo de morte em 37%. A taxa de sobrevida aos 3 anos foi de 76% com terapia padrão isoladamente e saltou para 83% com a adição de abiraterona. Os dados são do estudo STAMPEDE, na maior análise já realizada sobre o uso de abiraterona como terapia de primeira linha para câncer de próstata avançado, que será apresentado na ASCO na sessão plenária de sábado, 3 de junho.
O larotrectinib pode se tornar a primeira terapia-alvo oral, tipo tumoral agnóstica - um medicamento contra o câncer que funciona comparativamente bem em vários tipos de câncer, independentemente da idade do paciente. Em ensaios clínicos em adultos e crianças com 17 tipos diferentes de câncer avançado, o medicamento trouxe respostas em 76% dos pacientes, e 79% dessas respostas estavam em curso 12 meses após o início do tratamento. Os dados foram apresentados na ASCO 2017 por David Hyman, Chefe do Early Drug Development no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova York.
Um estudo retrospectivo, multicêntrico, com 1.200 mulheres mostrou que as sobreviventes que ficaram grávidas após o diagnóstico de câncer de mama inicial, incluindo aquelas com tumores receptor de estrogênio positivo (ER+), não apresentaram maior chance de recorrência e morte por câncer em comparação com aquelas que não engravidaram. "É uma notícia reconfortante para muitas mulheres jovens que querem aumentar suas famílias", afirmou Erica L. Mayer, expert da ASCO.
O hipogonadismo pode estar presente no momento do diagnóstico de câncer testicular ou se desenvolver como um efeito colateral da cirurgia ou quimioterapia. Dados de uma das análises do estudo PLATINUM apresentada na ASCO examinou a relação entre hipogonadismo e complicações de saúde a longo prazo em sobreviventes de câncer testicular nos Estados Unidos e mostrou a importância de acompanhar os níveis de testosterona durante e após o tratamento, para prevenir complicações futuras (LBA10012).
Um estudo prospectivo (LBA10002) apresentado na ASCO 2017 sugere que a intervenção STREAM, um programa de gerenciamento de distress realizado online, pode aliviar o distress e melhorar notavelmente a qualidade de vida dos pacientes. A psico-oncologista Cristiane Bergerot (foto), Postdoctoral Fellow do Departamento de Oncologia Médica & Terapêutica Experimental do hospital City of Hope, comentou o estudo para o Onconews.
Os achados de um ensaio clínico randomizado (LBA10001) com 305 pacientes com câncer avançado sugerem que uma breve intervenção psicológica, denominada Managing Cancer And Living Meaningfully (CALM), poderia ajudar a preencher a lacuna de abordagens sistemáticas para ajudar os pacientes e suas famílias a gerenciar o impacto prático e emocional do câncer avançado. Os resultados do estudo foram apresentados na ASCO 2017, em Chicago.
A compressão da medula espinhal afeta muitos pacientes com câncer avançado e a radioterapia é frequentemente empregada para o controle da dor e de outros sintomas associados. O estudo SCORAD (LBA 10004), randomizado, de fase III, apresentou na 53ª ASCO os resultados da avaliação de não-inferioridade, que comparou a radioterapia em dose única com radioterapia multifracionada e mostrou que uma só dose é tão eficaz quanto uma semana inteira de radiação no manejo da compressão medular.
As intervenções psicológicas em pacientes e sobreviventes de câncer estão em foco no primeiro dia da ASCO 2017. Um ensaio clínico randomizado (LBA10001) com pacientes com câncer avançado sugere que a intervenção psicológica CALM ajuda a gerenciar o impacto prático e emocional do câncer avançado. Outra abordagem indica que a intervenção STREAM (LBA10002), um programa de gerenciamento de estresse realizado online, também pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Para os sobreviventes, a intervenção psicológica Conquer Fear (LBA10000) reduziu substancialmente o medo de recorrência da doença.
Até 70% dos sobreviventes de câncer relatam medo de recorrência de câncer (do inglês, FCR - fear of cancer recurrence) de moderado a alto, o que pode afetar negativamente o acompanhamento médico, humor, relacionamentos, trabalho, definição de metas e qualidade de vida. Em um estudo randomizado de fase II (LBA 10000), a intervenção psicológica chamada Conquer Fear mostrou reduzir substancialmente o medo de recorrência imediatamente após a intervenção, bem como após três e seis meses. Os resultados foram apresentados hoje, 2 de junho, na ASCO 2017.