Instituto Oncoclínicas - Os oncologistas Andrey Soares, médico do Centro Paulista de Oncologia (CPO) e Chair da LACOG-GU, e Ariel Kann, oncologista clínico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e do CPO, conversam sobre os resultados do estudo de fase III LATITUDE (LBA3). Apresentado na Sessão Plenária, o trabalho mostrou que a adição de acetato de abiraterona mais prednisona ao tratamento hormonal prolonga a sobrevida e atrasa cerca de 18 meses a progressão do câncer de próstata em homens recém-diagnosticados com doença metastática de alto risco.

A adição de acetato de abiraterona (Zytiga®) mais prednisona ao tratamento hormonal prolonga a sobrevida e atrasa pela mediana de 18 meses a progressão do câncer de próstata em homens recém-diagnosticados com doença metastática de alto risco. É o que mostram os resultados do estudo LATITUDE, apresentado na ASCO em sessão plenária no domingo, 4 de junho (LBA3)1. Para Karim Fizazi (foto), chefe do Departamento de Oncologia do Gustave Roussy e primeiro autor do estudo, o tratamento do câncer de próstata avançado evoluiu para abordagens mais eficazes, primeiro com quimioterapia e agora com abiraterona.
Estudo apresentado na Sessão Plenária da ASCO 2017 domingo, 4 de junho, traz uma análise de seis ensaios clínicos com mais de 12.800 pacientes e mostra que após a cirurgia para o câncer de cólon linfonodo positivo (estágio III), alguns pacientes podem precisar apenas da metade do curso padrão de longa duração da quimioterapia (FOLFOX ou CAPOX). Os oncologistas Gabriel Prolla, Rui Weschenfelder e Renata D'Alpino, do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), comentam os resultados com exclusividade para o Onconews.
Um estudo clínico randomizado (
O rádio-oncologista Robson Ferrigno (foto), Coordenador dos Serviços de Radioterapia da Beneficência Portuguesa de São Paulo, comenta os resultados do estudo SCORAD III, apresentado na 53ª edição da ASCO. O trabalho mostrou que a radioterapia em dose única de 8 Gy é tão eficaz quanto a radioterapia fracionada (5 x 4 Gy) no manejo da compressão medular. Para Ferrigno, a estrutura do sistema de saúde brasileiro, que remunera pelo número de aplicações e não pelo custo operacional do procedimento, dificulta a realização de dose única de radioterapia com 8 Gy para tratamento de metástase óssea no país.
O estudo ProfiLER foi um dos destaques da ASCO 2017. O trabalho fornece mais evidências para o uso da genômica na prática clínica para orientar escolhas de tratamento em pacientes com câncer avançado. O médico André Márcio Murad (foto), coordenador da Disciplina de Oncologia da Faculdade de Medicina da UFMG e Diretor Clínico da Personal: Oncologia de Precisão e Personalizada (BH), comentou os resultados.
O estudo randomizado de fase III OlympiAD matriculou cerca de 300 mulheres com câncer de mama avançado BRCA-positivo e mostrou que o inibidor de PARP olaparib (Lynparza) reduziu a chance de progressão da doença em 42% (cerca de 3 meses) em comparação com a quimioterapia padrão. Os dados ainda não são maduros o suficiente para determinar se os benefícios fornecidos se traduzem em maior sobrevida global.





