Meta-análise mostrou que sobreviventes de câncer de mama em idade fértil são menos propensas a engravidar e enfrentam maior risco de complicações, como o parto prematuro. No entanto, a maioria das sobreviventes que engravida tem bebês saudáveis e não têm efeitos adversos a longo prazo, de acordo com dados apresentados no 2020 San Antonio Breast Cancer Symposium, realizado de 8 a 11 de dezembro.

Dados de acompanhamento estendidos do estudo Fase III monarchE reforçam o benefício da adição do inibidor de CDK4/6 abemaciclibe à terapia endócrina adjuvante padrão na sobrevida livre de doença invasiva (IDFS) em pacientes com câncer de mama inicial de alto risco, HR-positivo, HER2-negativo. Os resultados foram apresentados no SABCS 2020 por Priya Rastogi (foto), professora associada da Universidade de Pittsburgh e diretora médica da National Surgical Adjuvant Breast and Bowel Project (NSABP) Foundation.
Mulheres na pós-menopausa com câncer de mama inicial, com 1-3 linfonodos positivos e baixo índice de recorrência podem ignorar a quimioterapia adjuvante. É o que apontam resultados de ensaio clínico randomizado (SWOG S1007 RxPONDER ) destacado no programa científico do SABCS 2020, em apresentação do oncologista Kevin Kalinsky (foto), diretor da Glenn Family Breast Cancer no Instituto de Câncer da Universidade Emory, em Atlanta. Após acompanhamento médio de 5,1 anos, pacientes na pós-menopausa com câncer de mama inicial linfonodo positivo com pontuação de recorrência <25 no teste Oncotype Dx não tiveram nenhum benefício adicional com a quimioterapia.
Estudo brasileiro traz novos dados sobre o câncer de mama masculino, agora com a caracterização oncogenética e padrões imuno-histoquímicos de pacientes diagnosticados no Hospital Haroldo Juaçaba, em Fortaleza.
Estudo de fase 1b que avalia trastuzumab deruxtecan (T-DXd. DS-8201) em combinação com nivolumabe (Nivo) em pacientes com câncer de mama (BC) irressecável ou metastático HER2+ apresentou resultados iniciais no 2020 San Antonio Breast Cancer Symposium (SABCS).
Ensaio clínico randomizado de Fase III que avalia trastuzumabe deruxtecan (T-DXd, DS-8201) versus T-DM1 como tratamento pós-neoadjuvante para pacientes com câncer de mama HER2+ de alto risco foi parte do programa científico do 2020 SABCS, em apresentação de Charles E. Geyer Jr. (foto), na sessão Trial in Progress.
A dinâmica das células tumorais circulantes pode predizer a resposta ao tratamento e o prognóstico em pacientes com câncer de mama metastático, como apontam dados de meta-análise apresentada no 2020 San Antonio Breast Cancer Symposium.
O MONALEESA-7 demonstrou uma melhora estatisticamente significativa na sobrevida global com a adição de ribociclibe (Kisqali®, Novartis) à terapia endócrina em pacientes com câncer de mama avançado HR-positivo/HER2-negativo na pré ou perimenopausa. No San Antonio Breast Cancer Symposium (SABCS 2020) foram apresentados dados atualizados de sobrevida global após um mínimo de aproximadamente 4 anos de acompanhamento (cerca de 20 meses desde o último relatório). O oncologista brasileiro Fabio Franke (foto), de Ijuí-RS, é coautor do trabalho.
Trastuzumab deruxtecan (T-DXd, DS-8201) demonstrou altas taxas de respostas duráveis em uma população de pacientes com câncer de mama metastático HER2-positivo fortemente pré-tratada. Os resultados do estudo open-label, multicêntrico, de Fase II DESTINY-Breast01 foram apresentados no SABCS 2020 pela oncologista Shanu Modi (foto), do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, e reforçam a segurança e eficácia em longo prazo do anticorpo droga-conjugado.
Alessandra Menezes Morelle (foto), oncologista do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, é primeira autora de estudo aceito no programa científico do SABCS2020, que aponta a insônia como o sintoma mais preocupante durante o tratamento do câncer de mama. Os resultados da análise refletem uma coorte brasileira, a partir de dados do Tummi App, um sistema de monitoramento e gerenciamento de sintomas.





