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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

Grupo europeu confirma benefício do transplante autólogo em mieloma múltiplo

MM.jpgEstudo que comparou bortezomibe ao transplante autólogo no tratamento do mieloma múltiplo está entre os destaques da ASCO 2016, o maior encontro da oncologia mundial, de 3 a 7 de junho, em Chicago. O trabalho é do European Myeloma Network (Abstract 8000).

“Diversos estudos têm mostrado que a indução curta seguida do transplante é superior, deixando claro que o transplante permanece como importante estratégia de tratamento e deve ser oferecido como tratamento de primeira linha para o grupo de pacientes considerado elegível”, afirma Ângelo Maiolino, chefe do Serviço de Hematologia e Transplante de Medula Óssea da Faculdade de Medicina da UFRJ. “Para o Brasil isso é muito importante, porque hoje o transplante é um procedimento mais barato do que um ciclo inteiro de tratamento com essas novíssimas drogas. Por isso, é preciso ampliar o acesso ao transplante no país”, acrescenta.

O estudo

De fevereiro de 2011 até abril de 2014, 1503 pacientes com mieloma múltiplo sintomático recém diagnosticados, com idade ≤65 anos, foram inscritos no estudo. Desses, 1308 pacientes foram elegíveis para receber bortezomibe-melfalano-prednisona (R1) e 1266 foram randomizados (1: 1) para receber dois diferentes regimes de tratamento: bortezomibe-melfalano-prednisona (BMP, n= 512 pacientes) ou melfalano em altas doses + transplante autólogo (MEL, n = 754 pacientes). 

Após um seguimento com duração mediana de 24 meses, os pacientes tratados com melfalano em altas doses (MEL) + transplante autólogo tiveram sobrevida livre de progressão significativamente superior (HR=0.76; 95% CI=0.61-0.94; P=0.010). O benefício foi verificado em diferentes subgrupos, incluindo pacientes com estadio III(HR=0.52; CI=0.32-0.84; P=0.008) e pacientes com citogenética de alto risco [t(4;14) ± del(17p) ± del(1p) ± 1q gain] (HR=0.72; CI=0.54-0.97; P=0.028).
 
Taxas de resposta superior ou parcial favoreceram o uso de melfalano em altas doses + transplante autólogo frente ao esquema BMP (84% versus 74%; P<0.0001).  Análises estatísticas (Cox) confirmaram que o uso de melfalano em altas doses foi um preditor independente para o aumento da sobrevida livre de progressão (HR=0.61, CI=0.45-0.82; P=0.001).
 
Dados de sobrevida global ainda não estão disponíveis.
 
Em conclusão, o transplante autólogo continua como melhor opção de tratamento em MM na primeira linha.

O estudo é tema de apresentação oral na sexta-feira, dia 3 de junho.

Referência: Upfront autologous stem cell transplantation (ASCT) versus novel agent-based therapy for multiple myeloma (MM): A randomized phase 3 study of the European Myeloma Network (EMN02/HO95 MM trial). - J Clin Oncol 34, 2016 (suppl; abstr 8000)

 

 

 

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