A moderna imunoterapia mostra novos dados em pacientes com carcinoma de células renais (CCR) previamente tratados. Além de resultados de longo prazo do CHECKMATE-025 com o anti PD-1 nivolumabe (Abstr #4509), a ASCO 2016 trouxe resultados de longo prazo dos estudos de fase I CA 209-003 e de fase II CA 209-010 (Abstr #4507) que mostraram benefícios de sobrevida no CCR avançado, com perfil de segurança consistente com dados já conhecidos. O oncologista Fábio Schutz (foto), do Centro Oncológico Antonio Ermírio de Moraes, comenta os resultados.

Pacientes com câncer de pulmão pequenas células (CPPC) recorrente, previamente tratados com quimioterapia à base de platina, se beneficiam do tratamento com o anti PD-1 nivolumabe isoladamente ou de forma combinada com ipilimumabe. É o que mostram os dados do estudo CHECKMATE 032 apresentados na ASCO 2016, no sábado, 4 de junho.
Os resultados de um estudo europeu de fase II sugerem que o novo anticorpo IMAB362 pode prolongar significativamente a mediana de sobrevida quando adicionado à quimioterapia padrão (13,2 meses versus 8,4 meses) em pacientes com câncer gástrico avançado. IMAB362 é o primeiro anticorpo a ter como alvo a proteína claudin18.2, e os pacientes com os mais altos níveis claudin18.2 tiveram uma mediana de sobrevida global ainda maior (16,7 meses).
Um estudo piloto revelou diferenças profundas no preço de 23 drogas contra o câncer, em sete países. O preço mais alto foi identificado nos Estados Unidos e o menor na Índia e na África do Sul. Apesar do preço proporcionalmente mais baixo do tratamento em países pobres e em desenvolvimento, medicamentos contra o câncer ainda são menos acessíveis nesses contextos (
Uma análise de dados de mais de 28 mil prontuários no período de 2007 a 2014 identificou que uma grande proporção de pacientes com tumores sólidos avançados recebeu pelo menos uma forma agressiva de cuidados nos últimos 30 dias de vida. O estudo é um dos destaques do congresso anual da ASCO e mostra que a gestão de cuidados na terminalidade da vida ainda é um desafio para médicos e pacientes (
O estudo randomizado de fase III MA.17R confirma as evidências disponíveis em favor de estender a terapia com inibidor da aromatase (AI) com letrozol (Femara®) de 5 para 10 anos em mulheres pós-menopáusicas com câncer de mama inicial. Os resultados foram apresentados na sessão plenária da ASCO no domingo, 5 de junho. As mulheres que receberam letrozol por mais cinco anos tiveram um risco 34% menor de recorrência do que aquelas que receberam placebo.
A adição de temozolomida (Temodal®) à quimioterapia em uso concomitante e adjuvante à radioterapia hipofracionada melhorou significativamente a sobrevida de pacientes idosos com glioblastoma, reduzindo o risco de morte em 33%. Os dados são do estudo randomizado de fase III apresentado na ASCO no domingo, 5 de junho.
A imunoterapia anti-PD-L1 atezolizumab (TECENTRIQ) é eficaz em pacientes com câncer de bexiga avançado sem tratamento prévio e não elegíveis para o tratamento padrão com cisplatina. Os dados do estudo de fase II IMvigor210, apresentados no domingo, dia 5 de junho, na ASCO, mostraram que o atezolizumab diminuiu os tumores em cerca de um quarto dos pacientes e proporcionou uma mediana de sobrevida global de 14,8 meses, em um cenário onde geralmente os pacientes têm uma sobrevida de nove a 10 meses com regimes à base de carboplatina.
Um dos maiores estudos já realizados em câncer de pâncreas, o European Study Group for Pancreatic Cancer (ESPAC-4), fase III, aberto, multicêntrico, randomizado, concluiu que adicionar a quimioterapia oral capecitabina à gencitabina na adjuvância prolonga a sobrevida dos pacientes sem aumento da toxicidade.
Resultados iniciais do CASTOR, um estudo pivotal de fase III, mostram que a adição do anticorpo daratumumab (Darzalex®) a um regime de duas drogas padrão (bortezomib e dexametasona) melhora significativamente a resposta terapêutica de pacientes com mieloma múltiplo recorrente ou refratário. A combinação com daratumumab reduziu o risco de progressão da doença em 70% e dobrou tanto a taxa de resposta parcial, de 29% para 59%, quanto as taxas de resposta completa, de 9% para 19%. Os dados foram apresentados na ASCO 2016, em sessão plenária no domingo, 5 de junho.





