Bottom line
Por várias décadas, a classificação de Bokhman foi a base para a estratificação prognóstica e definição terapêutica do câncer de endométrio em todo o mundo. Com os dados do atlas genômico dos tumores (TCGA) e o avanço na compreensão da biologia molecular do câncer de endométrio, a doença foi reclassificada em quatro subtipos, com alterações moleculares específicas e desfechos distintos. Apesar de bastante provocativa, a classificação molecular ainda requer validação e não deve ser utilizada para determinar o tratamento desta neoplasia. Estudos prospectivos, como o PORTEC-4, estão em desenvolvimento com o objetivo de validar esta estratégia.
Eduardo Paulino (foto) é oncologista clínico do Grupo Oncoclínicas/RJ e do Instituto Nacional de Câncer, Hospital do Câncer II/RJ