23112024Sáb
AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

Imunoterapia no câncer ginecológico, como estamos?

Bottom line
Em setembro de 2019, a combinação de pembrolizumabe e lenvatinibe foi aprovada pela agência norte-americana FDA para o tratamento de tumores de endométrio metastáticos sem instabilidade de microssatélites ou deficiência das enzimas de reparo do DNA. Em pacientes com câncer endometrial com deficiência de enzimas de reparo do DNA, o anti PD-L1 durvalumabe apresentou resultados em estudo Fase II, com duração de resposta em 66% da população avaliada, assim como o imuno-oncológico avelumabe, com 40% de pacientes livres de progressão em seis meses. No câncer cervical metastático, o estudo Checkmate 358 avaliou a combinação de ipilimumabe e nivolumabe em estudo fase II de braço único, com duração de resposta duradoura principalmente em pacientes sem tratamento sistêmico prévio. No câncer de ovário, a combinação de imuno-oncológicos com outros agentes terapêuticos começa a construir evidências e diversos estudos estão em andamento no cenário de primeira linha, manutenção, doença platino sensível e platino-resistente.

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Graziela Zibetti Dal Molin é oncologista clínica na BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo e membro do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA/GBTG)


Diagnóstico e tratamento em gliomas, qual o cenário atual?

Bottom Line

Os gliomas correspondem a aproximadamente 80% dos tumores cerebrais malignos primários em sistema nervoso central em adultos, sendo o glioblastoma o mais prevalente. Diante da heterogeneidade desses tumores, a Organização Mundial de Saúde publicou em 2016 uma nova classificação, que associa dados moleculares ao diagnóstico histológico. Com diferentes prognósticos, o tratamento multimodal permanece como padrão e o arsenal terapêutico foi ampliado, incorporando hoje novos agentes alquilantes, como temozolomida, além do emprego de diferentes inibidores de tirosina- quinase (TKIs) e de tecnologias como o NovoTTF.

 

Camylla Yamada



Camilla Yamada é oncologista clínica da BP Mirante - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, chair do LACOG Neuro-Oncology e membro da SNOLA


Imunoterapia na Oncologia Gastrointestinal, qual o cenário atual?

Bottom line

Desde julho de 2019, o imunoterápico pembrolizumabe está aprovado pela agência norte-americana FDA para o tratamento de pacientes com carcinoma de células escamosas (CEC) de esôfago recidivado, metastático ou localmente avançado. A medicação poderá ser usada em tumores que expressem PD-L1 com combined positive score (CPS) ≥ 10% em pacientes que tenham progredido a pelo menos uma linha de tratamento sistêmico prévio. No Brasil, o anti PD-1 pembrolizumabe tem aprovação para o tratamento de pacientes com câncer gástrico ou de junção esôfago-gástrica avançado com expressão de PD-L1 ≥ 1 com exposição prévia a ≥ 2 regimes de quimioterapia. No carcinoma hepatocelular avançado, o anti-PD-1 nivolumabe mostrou atividade em monoterapia no estudo Fase I/II Checkmate 040, cenário em que também pembrolizumabe mostrou benefício de sobrevida no estudo Keynote 224. Estudos de fase III estão em andamento. No câncer colorretal, a combinação de nivolumabe e baixas doses do anti CTLA-4 ipilimumabe foi aprovada pela FDA com base nos resultados do estudo Checkmate 142.

Rivadavio Antunes


Rivadávio Antunes Menacho de Oliveira é oncologista clínico, preceptor e chefe da residência de Oncologia Clínica do Hospital do Câncer de Londrina (HCL). É membro do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).


Radioterapia após neoadjuvância – quando indicar após mastectomia?

Bottom line

As indicações clássicas de RT após mastectomia têm o objetivo de evitar recaída local ou regional. Atualmente, com quimioterápicos mais efetivos, como antracíclicos e taxanos, é controverso o emprego da RT após mastectomia em pacientes com um a três linfonodos comprometidos, como indicava meta-análise do EBCTCG*. No cenário de QT neoadjuvante não há estudos prospectivos e randomizados que comparem o emprego da radioterapia adjuvante após mastectomia. A principal dúvida é a respeito da indicação da RT após mastectomia em pacientes que atingiram resposta patológica completa após QT neoadjuvante, informação ainda à espera dos resultados do NRG Oncology Group 9353. Análise de fatores preditivos para recaída locorregional a partir de dados dos dois principais estudos prospectivos e randomizados de QT neoadjuvante (NSABP B-18 e o NSABP B-27) mostrou que a presença de linfonodo comprometido na peça cirúrgica (estádio ypN+) foi o maior fator de recaída locorregional. Assim, o painel de especialistas recomenda de forma consensual o emprego da RT após QT neoadjuvante e mastectomia em pacientes com linfonodos patologicamente positivos (estádio ypN+). 

Robson Ferrigno


Robson Ferrigno é médico radioterapeuta e coordenador dos serviços de Radioterapia dos Hospitais BP Paulista, BP Mirante e do Grupo Oncoclínicas. 


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