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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

Resultados funcionais físicos e cognitivos em sobreviventes de câncer tratados com quimioterapia

Artigo de revisão publicado no Journal of Cancer Survivorship analisou a literatura publicada após o think tank do National Cancer Institute realizado em 2018 - “Medindo o Envelhecimento e Identificando Fenótipos de Envelhecimento em Sobreviventes de Câncer”, que discutiu resultados funcionais físicos e cognitivos entre sobreviventes de câncer tratados com quimioterapia.

Os pesquisadores focaram na influência da quimioterapia nos resultados relacionados ao envelhecimento (isto é, resultados funcionais físicos, resultados funcionais cognitivos e fragilidade), dadas as associações conhecidas entre quimioterapia e mecanismos biológicos que afetam os processos fisiológicos relacionados ao envelhecimento.

Foi realizada uma busca em bases de dados eletrônicas, incluindo PubMed, Scopus e Web of Science, por manuscritos publicados entre agosto de 2018 e julho de 2023. Os estudos elegíveis deveriam incluir função física, função cognitiva e/ou fragilidade como resultados; sobreviventes de câncer (como amostra completa ou como subgrupo); resultados funcionais físicos ou cognitivos e/ou fragilidade relacionados ao tratamento quimioterápico (como toda a amostra ou um subgrupo); e com desenho de estudo observacional.

A busca resultou em 989 artigos potencialmente relevantes, dos quais 65 atenderam aos critérios de elegibilidade. Dos 65 estudos, 49 eram longitudinais e 16 eram transversais; 30 estudos (46%) focaram no câncer de mama, 20 estudos (31%) eram relacionados à faixa etária de 60+ anos e 17 (26%) avaliaram sobreviventes de câncer pediátrico.

Em relação aos resultados, 82% dos 23 estudos que avaliaram função física mostraram redução da função física, 74% dos 39 estudos que relataram resultados funcionais cognitivos encontraram função cognitiva reduzida e 80% dos 15 estudos sobre fragilidade encontraram fragilidade crescente entre sobreviventes de câncer tratados com quimioterapia ao longo do tempo e/ou em comparação com indivíduos não tratados com quimioterapia.

Quatorze estudos (22%) avaliaram mecanismos biológicos e sua relação com resultados relacionados ao envelhecimento. A inflamação foi consistentemente associada à piora dos resultados funcionais físicos e cognitivos e ao aumento da idade epigenética. Além disso, os danos no DNA foram consistentemente associados a piores resultados relacionados com o envelhecimento.

Em resumo, a quimioterapia está associada à redução da função física, redução da função cognitiva e aumento da fragilidade nos sobreviventes do câncer; essas associações foram demonstradas em estudos longitudinais e transversais. “A inflamação e a aceleração epigenética da idade estão associadas a uma pior função física e cognitiva; estudos observacionais prospectivos com vários pontos no tempo são necessários para confirmar esses achados”, observaram os autores.

“Esta revisão destaca a necessidade de intervenções para prevenir declínios na função física e cognitiva em sobreviventes de câncer que receberam quimioterapia”, concluem.

Referência: Mohamed, M., Ahmed, M., Williams, A.M. et al. A scoping review evaluating physical and cognitive functional outcomes in cancer survivors treated with chemotherapy: charting progress since the 2018 NCI think tank on cancer and aging phenotypes. J Cancer Surviv (2024). https://doi.org/10.1007/s11764-024-01589-0


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