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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

Função pulmonar prejudicada e risco de câncer de pulmão

A função pulmonar prejudicada está associada a maior risco de desenvolvimento de câncer de pulmão e mortalidade pela doença. É o que demonstra estudo de coorte chinês com 461.183 indivíduos publicado no BMJ Open Respiratory Research. “Nossos resultados destacam a importância de considerar a função pulmonar no rastreio do câncer de pulmão para uma melhor seleção de candidatos”, afirmam os autores.

O tabagismo e várias doenças pulmonares, incluindo câncer de pulmão, podem causar comprometimento da função pulmonar. No entanto, não se sabe o impacto de diferentes tipos de comprometimento da função pulmonar, como a espirometria com índice preservado prejudicado (PRISm) e a obstrução do fluxo aéreo (AO), na incidência e mortalidade do câncer de pulmão em populações em geral e em populações de nunca fumantes.

Este foi um estudo de coorte retrospectivo (1º de janeiro de 1994 a 31 de dezembro de 2017) de indivíduos de um programa de vigilância de saúde em Taiwan que foram submetidos a testes de espirometria iniciais no ponto de entrada.

Espirometria com índice preservado prejudicado (PRISm) foi definido como relação VEF1/CVF (volume expiratório forçado em 1 s/capacidade vital forçada) >0,7 e VEF1 <0,8, enquanto obstrução do fluxo aéreo (AO) foi definido como relação VEF1/CVF <0,7. Modelos de riscos proporcionais de Cox e curvas spline cúbicas foram utilizadas para examinar as associações entre comprometimentos da função pulmonar e riscos de câncer de pulmão.

Resultados

O estudo incluiu 461.183 indivíduos, dos quais 14,3% tinham PRISm e 7,9% tinham AO. Durante 23 anos de acompanhamento foram identificadas um total de 4.038 casos de câncer de pulmão e 3.314 mortes relacionadas com a doença. Indivíduos com PRISm e AO apresentaram maior risco de incidência e mortalidade por câncer de pulmão em comparação com aqueles com função pulmonar normal.

Os hazard ratio ajustados e os intervalos de confiança de 95% foram 1,14 (1,03 a 1,26) e 1,23 (1,10 a 1,37) na coorte geral e 1,08 (0,93 a 1,24) e 1,23 (1,05 a 1,45) na coorte de nunca fumantes. Os riscos de desenvolver e morrer de câncer de pulmão aumentaram com os níveis de gravidade das deficiências da função pulmonar e com valores mais baixos de VEF1.

Em síntese, a função pulmonar prejudicada está associada a riscos aumentados de desenvolvimento de câncer de pulmão e subsequente mortalidade. “As diretrizes atuais de rastreio do câncer de pulmão consideram apenas a idade e o histórico de tabagismo, e não o estado da função pulmonar, que deve ser levado em consideração nos critérios de rastreio”, concluíram os autores.

Referência: Kyaw TW, Tsai M, Wen CP, et al. Impaired lung function and lung cancer risk in 461 183 healthy individuals: a cohort study. BMJ Open Respiratory Research 2024;11:e001936. doi: 10.1136/bmjresp-2023-001936

 


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