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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

Diabetes preexistente e tratamento de câncer de mama em mulheres de baixa renda

Em uma coorte populacional de 3.704 mulheres de baixa renda com câncer de mama, o diabetes preexistente foi associado a menor probabilidade de tratamento com radioterapia, tratamento e  conclusão de quimioterapia e adesão à terapia endócrina. “Os resultados sugerem que intervenções que otimizam o controle do diabetes podem melhorar o tratamento do câncer de mama dessas pacientes”, avaliam os autores. O estudo foi publicado no JAMA Network Open.

O diabetes está associado a pior prognóstico de pacientes com câncer de mama. A associação entre diabetes e terapias adjuvantes para o câncer de mama permanece incerta.

Este estudo de coorte de base populacional incluiu mulheres com menos de 65 anos diagnosticadas com câncer de mama não metastático entre 2007 e 2015, acompanhadas até 2016, continuamente inscritas no Medicaid e identificadas a partir dos dados vinculados do Registro de Câncer do Missouri. Os dados foram analisados entre janeiro de 2022 e outubro de 2023.

A regressão logística foi utilizada para estimar odds ratio (OR) de utilização (sim/não), início oportuno (≤90 dias após a cirurgia) e conclusão de radioterapia e quimioterapia, bem como adesão (taxa de posse de medicamento ≥80%) e persistência (intervalo <90 dias consecutivos) da terapia endócrina no primeiro ano de tratamento para mulheres com diabetes em comparação com mulheres sem diabetes. As análises foram ajustadas para fatores sociodemográficos e tumorais.

Resultados

Entre 3.704 mulheres submetidas à cirurgia, a idade média (DP) foi de 51,4 (8,6) anos, 1.038 (28,1%) eram negras não-hispânicas, 2.598 (70,1%) eram brancas não-hispânicas, 765 (20,7%) tinham histórico de diabetes, 2.369 (64,0%) receberam radioterapia, 2.237 (60,4%) fizeram quimioterapia e 2.505 (67,6%) fizeram terapia endócrina.

Em comparação com mulheres sem diabetes, as mulheres com diabetes eram menos propensas a utilizar radioterapia (OR, 0,67; IC 95%, 0,53-0,86), receber quimioterapia (OR, 0,67; IC 95%, 0,48-0,93), completar o tratamento com quimioterapia (OR, 0,71; IC 95%, 0,50-0,99) e aderir à terapia endócrina (OR, 0,71; IC 95%, 0,56-0,91).

Não houve associações significativas de diabetes com utilização (OR, 0,95; IC 95%, 0,71-1,28) e persistência (OR, 1,09; IC 95%, 0,88-1,36) de terapia endócrina, início oportuno da radioterapia (OR, 1,09; IC 95%, 0,86-1,38) e quimioterapia (OR, 1,09; IC 95%, 0,77-1,55) ou conclusão da radioterapia (OR, 1,25; IC 95%, 0,91-1,71).

Em síntese, neste estudo de coorte o diabetes preexistente foi associado à utilização abaixo da média de terapias adjuvantes para o câncer de mama entre mulheres de baixa renda. “Melhorar a gestão do diabetes durante o tratamento do câncer é particularmente importante para mulheres de baixa renda com câncer de mama, que podem ter sido desproporcionalmente afetadas pelo diabetes e são suscetíveis de sofrer disparidades no tratamento e nos resultados do câncer”, concluíram os autores.

Referência: Bekele BB, Lian M, Schmaltz C, Greever-Rice T, Shrestha P, Liu Y. Preexisting Diabetes and Breast Cancer Treatment Among Low-Income Women. JAMA Netw Open. 2024;7(5):e249548. doi:10.1001/jamanetworkopen.2024.9548

 


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