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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

Dietas à base de plantas e progressão da doença em homens com câncer de próstata

Estudo de coorte com 2.062 homens diagnosticados com câncer de próstata não metastático demonstrou que indivíduos com maior ingestão de alimentos à base de plantas apresentaram menor risco de progressão da doença em comparação com aqueles com menor ingestão. Os resultados foram publicados no JAMA Network Open.

As dietas à base de plantas estão associadas a muitos benefícios ambientais e de saúde, incluindo a prevenção primária do câncer de próstata, mas pouco se sabe sobre a influência da dieta após o diagnóstico.

Este estudo de coorte observacional longitudinal incluiu homens com câncer de próstata não metastático comprovado por biópsia (estágio ≤T3a) do subestudo de dieta e estilo de vida do Cancer of the Prostate Strategic Urologic Research Endeavor (CaPSURE) inscritos em 43 consultórios de urologia nos Estados Unidos entre 1999 a 2018.

Os participantes preencheram um questionário abrangente sobre dieta e estilo de vida (incluindo um questionário de frequência alimentar validado [QFA]) entre 2004 e 2016. Os dados foram analisados entre agosto de 2022 e abril de 2023.

Os escores gerais do índice de dieta baseada em plantas (PDI) e do índice de dieta saudável à base de plantas (hPDI) foram calculadas a partir do QFA.

O endpoint primário foi a progressão do câncer de próstata (recorrência, tratamento secundário, metástases ósseas ou mortalidade específica por câncer de próstata). O endpoint secundário foi mortalidade específica por câncer de próstata.

Resultados

Entre 2.062 participantes (idade mediana [IQR], 65,0 [59,0-70,0] anos), 61 (3%) identificados como afro-americanos, 3 (<1%) identificados como índios americanos ou nativos do Alasca, 9 (<1%) identificados como asiáticos ou das ilhas do Pacífico, 15 (1%) identificados como latinos e 1959 (95%) identificados como brancos. O tempo mediano (IQR) desde o diagnóstico de câncer de próstata até o QFA foi de 31,3 (15,9-62,0) meses após o diagnóstico.

Durante um acompanhamento mediano (IQR) de 6,5 (1,3-12,8) anos após o QFA, foram observados 190 eventos de progressão e 61 eventos de mortalidade específicos por câncer de próstata. Os homens com escore no quintil mais alto versus mais baixo do PDI tiveram um risco 47% menor de progressão (HR, 0,53; IC 95%, 0,37-0,74; P for trend = 0,003).

O hPDI não foi associado ao risco de progressão global. No entanto, entre 680 indivíduos com grau 7 de Gleason ou superior no momento do diagnóstico, o quintil de hPDI mais alto foi associado a um risco 55% menor de progressão em comparação com o quintil de hPDI mais baixo (HR 0,45; IC 95%, 0,25-0,81; P para tendência = 0,01); nenhuma associação foi observada em indivíduos com grau de Gleason menor que 7.

Em síntese, os resultados indicam que a maior ingestão de alimentos à base de plantas após o diagnóstico de câncer de próstata foi associada a um menor risco de progressão do câncer. “Estas descobertas sugerem que a avaliação nutricional e o aconselhamento podem ser recomendados aos pacientes com câncer de próstata para ajudar a estabelecer práticas alimentares saudáveis e apoiar o bem-estar e a saúde global”, concluíram os autores.

Referência: Liu VN, Van Blarigan EL, Zhang L, et al. Plant-Based Diets and Disease Progression in Men With Prostate Cancer. JAMA Netw Open. 2024;7(5):e249053. doi:10.1001/jamanetworkopen.2024.9053

 


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