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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

IMC elevado e resultados de sobrevida em tumores ginecológicos

Revisão sistemática e meta-análise buscou avaliar se o prognóstico em tumores ginecológicos é influenciado positivamente pela obesidade. Os resultados publicados no International Journal of Gynecologic Cancer sugerem que a obesidade não tem um efeito prognóstico positivo na sobrevida em mulheres com diagnóstico de câncer ginecológico.

“A obesidade representa uma doença evitável em crescimento exponencial que leva a diferentes complicações de saúde, particularmente quando associada ao câncer. Nos últimos anos, no entanto, foi levantada a hipótese de um “paradoxo da obesidade”, em que indivíduos obesos afetados pelo câncer apresentam melhores taxas de sobrevida”, contextualizam os autores.

A análise incluiu estudos no PubMed, Google Scholar e ClinicalTrials.gov que relataram o impacto de um índice de massa corporal (IMC) >30 kg/m2 em comparação com <30 kg/m2 em pacientes com câncer ginecológico. A ferramenta Quality Assessment of Diagnostic Accuracy Studies 2 (QUADAS-2) foi utilizada para avaliação da qualidade dos artigos selecionados.

Foram identificados vinte e um estudos para a meta-análise, incluindo 14.108 pacientes com câncer cervical, de ovário ou de endométrio. Não houve benefício na sobrevida global em 5 anos para pacientes obesos em comparação com pacientes não obesos (OR 1,2, 95% CI 1,00 a 1,44, p=0,05; I2=71%).

Ao agrupar os subgrupos de câncer, não houve diferenças estatisticamente significativas na sobrevida global em 5 anos em pacientes com câncer cervical e na sobrevida global em 5 anos e na sobrevida livre de progressão em pacientes com câncer de ovário.

Para mulheres obesas com diagnóstico de câncer de endométrio, foi encontrada uma diminuição significativa de 44% na sobrevida global em 5 anos (p=0,01), sem diferença significativa na sobrevida livre de doença em 5 anos (p=0,78).

Em síntese, os resultados demonstraram que um IMC ≥30 kg/m2 não tem um efeito prognóstico positivo na sobrevida em comparação com um IMC <30 kg/m2 em mulheres com diagnóstico de câncer ginecológico. “A existência do “paradoxo da obesidade” em outros tipos de câncer, no entanto, sugere a importância de futuras investigações com estudos prospectivos”, concluíram os autores.

Referência: Pavone M, Goglia M, Taliento C, et al. Obesity paradox: is a high body mass index positively influencing survival outcomes in gynecological cancers? A systematic review and meta-analysis. International Journal of Gynecologic Cancer Published Online First: 19 April 2024. doi: 10.1136/ijgc-2023-005252


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