23112024Sáb
AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

Obesidade, resistência à insulina e morte por câncer de próstata

prostata 21 2 bxUma grande análise agrupada de oito coortes europeias de base populacional avaliou a associação entre obesidade e risco de morte em pacientes com câncer de próstata (CaP), com resultados que apoiam a resistência à insulina como mecanismo que liga a obesidade à morte por CaP.

A resistência à insulina é um mecanismo biológico hipotético que liga a obesidade à morte por câncer de próstata, mas os dados que apoiam esta hipótese são limitados.

Nesta análise agrupada, que agrega o grande tamanho da amostra baseada em registros nacionais de câncer de alta qualidade com longo período de acompanhamento, os pesquisadores utilizaram o índice triglicerídeo-glicose (TyG) como indicador de resistência à insulina e acompanharam a incidência e morte por CaP. Foram calculadas as razões de risco (HR) e a proporção do efeito total do índice de massa corporal (IMC) na morte por CaP mediada pelo índice TyG.

Os resultados publicados no British Journal of Cancer (BJC) revelam que o índice TyG basal na análise de casos de CaP foi positivamente associado à morte por CaP (HR por 1 desvio padrão: 1,11, intervalo de confiança (IC) de 95%; 1,01–1,22) e mediou uma proporção substancial do IMC basal na morte por CaP (efeito HR total por IMC de 5 kg/m2: 1,24; 1,14–1,35, dos quais 28%; 4%–52%, mediado). Em contraste, na coorte completa, o índice TyG não foi associado à morte por CaP (HR: 1,03; 0,94-1,13), portanto, não mediou substancialmente o efeito do IMC na morte por CaP.

Diante desses achados, os autores concluem que a resistência à insulina pode ser um caminho importante através do qual a obesidade acelera a progressão do CaP até a morte. “É importante ressaltar que a obesidade e a resistência à insulina estão mais envolvidas durante a progressão do CaP. Nossa descoberta de que a proporção do efeito do IMC basal na morte por CaP mediada pelo índice TyG é mais pronunciada na análise apenas de caso em comparação com a análise de coorte completa apoia esta hipótese. Esta interpretação foi ainda corroborada pela análise de dados medidos até dez anos antes do diagnóstico de CaP”, destaca a análise.

A íntegra do artigo está disponível em acesso aberto.

Referência: Fritz, J., Jochems, S.H.J., Bjørge, T. et al. Body mass index, triglyceride-glucose index, and prostate cancer death: a mediation analysis in eight European cohorts. Br J Cancer 130, 308–316 (2024). https://doi.org/10.1038/s41416-023-02526-1

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