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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Estudo brasileiro analisa tumores na bolsa do marcapasso

franciso cezar 23Estudo brasileiro publicado na Cancers buscou avaliar os casos de tumores na bolsa do marcapasso cardíaco relatados na literatura, além de aprimorar estratégias de detecção precoce e melhorar o manejo dos pacientes acometidos. O trabalho tem como primeiro autor o oncologista Francisco Cezar Aquino de Moraes (foto), da Universidade Federal do Pará.

Todos os anos, aproximadamente 1 milhão de marcapassos são implantados em todo o mundo, com um total de 19 milhões nos EUA no período de 1993 a 2009. No entanto, apenas 15 casos de malignidades são descritos na literatura. Para avaliar os desfechos clínicos, tratamento, prognóstico e manejo individualizado de tumores originados na bolsa do marcapasso cardíaco, os pesquisadores realizaram uma revisão sistemática nas bases de dados PubMed/Medline, Science Direct, Cochrane Central, LILACS e Scientific Bases de dados da Biblioteca Eletrônica Online (Scielo).

Os 22 estudos selecionados consideraram relatos de casos (n = 18) e séries de casos (n = 4) que foram incluídos na revisão sistemática.

Os resultados de Moraes e colegas revelam que tumores na bolsa do marcapasso acometeram pacientes com idade média de 72,9 anos, com maior incidência no sexo masculino (76,9%, n = 10). O tempo médio de desenvolvimento da neoplasia foi de 4,4 anos (54,07 meses). O modelo mais prevalente de marcapasso envolvido com os tumores foi o Medtronic (38,4%, n = 5), sendo o titânio (83,3%) a composição metálica mais comum. A quimioterapia foi o procedimento mais realizado entre os pacientes (38,4%), seguida de radioterapia (38,4%) e da ressecção cirúrgica do tumor (30,7%). Os autores descrevem que seis casos analisados (46,1%) resultaram em óbito e quatro pacientes (30,7%) obtiveram cura.

O marcapasso cardíaco é um dispositivo eletrônico utilizado para regular o ritmo cardíaco e tratar distúrbios de condução elétrica, incluindo bradicardia, bloqueios atrioventriculares, bloqueios de ramo esquerdo e de ramo direito, entre outras doenças cardiovasculares congênitas ou adquiridas. O uso de marcapassos tem aumentado progressivamente e os autores recomendam que pacientes com marcapassos devem ser avaliados rotineiramente quanto à ocorrência de tumores malignos no local de implantação.

Além de Francisco Cezar Aquino de Moraes, esta revisão sistemática conta com a participação de Danielle Feio, Marianne Rodrigues Fernandes e Ney Pereira Carneiro dos Santos, do Hospital Universitário João de Barros Barreto, em Belém; Lucca Dal Moro, Fernando Rocha Pessoa, Ellen Sabrinna dos Remédios Passos, Raul Antônio Lopes Silva Campos, da Universidade Federal do Pará; Dilma do Socorro Moraes de Souza, da Universidade Federal do Pará e do  Hospital de Clínicas Gaspar Vianna; e Rommel Mario Rodríguez Burbano, do Hospital do Câncer infantil Otávio Lobo, em Belém.  

Referência: Cancers 202315(21), 5206; https://doi.org/10.3390/cancers15215206 (registering DOI)


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