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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

Relatório da AACR destaca avanços e desafios na pesquisa e tratamento do câncer

aacr cancer progress report 23 1 1American Association for Cancer Research (AACR) publicou a 13ª edição do Cancer Progress Report, destacando os principais progressos na pesquisa e tratamento do câncer no último ano. Além de ilustrar a história da imunoterapia contra o câncer, o estado atual e a promessa da próxima geração de imunoterápicos, o relatório discute desafios como as disparidades do tratamento entre grupos populacionais, progressos desiguais em diferentes tipos de câncer, aumento da taxa de incidência de alguns tumores e dificuldades físicas, psicossociais e financeiras enfrentadas pelos pacientes, sobreviventes e cuidadores.

"Estamos numa era de oportunidades sem paralelo para trazer ainda mais avanços para os pacientes. Para que a comunidade de pesquisa alcance estes avanços, contudo, os nossos representantes no Congresso devem continuar a dar prioridade ao financiamento para a investigação biomédica, desde a pesquisa básica até aos ensaios clínicos. Através do Relatório de Progresso do Câncer da AACR 2023, estamos compartilhando com o público e os formuladores de políticas o progresso que foi feito, como esse progresso foi entregue aos pacientes, como mudou a vida das pessoas e as oportunidades que agora existem com os avanços científicos e tecnológicos, para que entendam como é crucial manter o apoio contínuo ao National Institutes of Health (NIH) e ao National Cancer Institute (NCI)”, ressalta o presidente da AACR, Philip Greenberg.

O relatório descreve que entre 1º de agosto de 2022 e 31 de julho de 2023, a U.S. Food and Drug Administration (FDA) aprovou 14 novas terapias anticâncer, incluindo um novo imunoterápico baseado em terapia genética para certos pacientes com câncer de bexiga; um conjugado de anticorpo medicamento first-in-class para pacientes com câncer de ovário; e quatro novos anticorpos biespecíficos de células T para uma série de doenças malignas hematológicas.

Durante este mesmo período, a FDA aprovou dois novos agentes de imagem e expandiu o uso de 12 terapêuticas anticancerígenas previamente aprovadas para tratar tipos adicionais de câncer, incluindo a primeira aprovação de um inibidor de checkpoint imunológico para pacientes pediátricos e adultos com uma forma rara de sarcoma.

Os autores também observam que devido aos avanços na prevenção, detecção precoce e tratamento, a taxa global de mortalidade por câncer ajustada à idade nos EUA caiu 33% entre 1991 e 2020 – cerca de 3,8 milhões de mortes por câncer evitadas. “Esta redução é impulsionada pela diminuição da mortalidade por vários tipos de câncer, incluindo câncer de mama, que entre 1989 e 2020 teve uma diminuição de 43% na mortalidade levando a uma redução estimada de 460 mil mortes pela doença; e pulmão, com uma diminuição da mortalidade que acelerou de 0,9% por ano entre 1995 e 2005 para quase 5% por ano entre 2014 e 2020. “Este rápido declínio é o resultado de uma redução acentuada na taxa de tabagismo nos EUA, bem como do desenvolvimento de numerosas terapêuticas e imunoterapêuticas molecularmente direcionadas altamente eficazes”, avaliam.

O documento destaca que avanços na imunoterapia contribuíram para grande parte dos progressos como declínios nas taxas de mortalidade para tumores anteriormente intratáveis, como o câncer de pulmão avançado e o melanoma. “Desde 2011, a FDA aprovou 11 inibidores de checkpoint imunológico, muitos deles aprovados para mais de um tipo de câncer, tornando os inibidores de checkpoint imunológico uma opção de tratamento para 20 tipos de câncer e qualquer tumor com certas características moleculares específicas”, afirma o relatório. A FDA também aprovou seis terapias com células T CAR para tratar uma série de doenças malignas hematológicas”, acrescenta, destacando avanços em áreas como edição genética, desenvolvimento de vacinas e terapêuticas baseadas em mRNA, direcionamento do microbioma intestinal para aumentar a eficácia da imunoterapia, entre outras abordagens inovadoras.

Apesar do progresso, os desafios persistem

Apesar do progresso científico nos últimos anos, o câncer continua como um importante problema de saúde pública. Nos EUA, estima-se que quase 2 milhões de novos casos de câncer serão diagnosticados e mais de 609 mil pessoas morrerão da doença em 2023.

Entre os desafios relacionados pela AACR estão as disparidades relacionadas ao câncer, com as minorias raciais e étnicas e outras populações; progressos desiguais contra os diferentes tipos de câncer, com poucas opções de tratamento para pacientes diagnosticados com câncer de pâncreas ou glioblastoma, por exemplo; aumento nas taxas de incidência de alguns tumores, incluindo o câncer colorretal de início precoce, câncer de pâncreas e uterino, em parte devido ao aumento da taxa de obesidade; e toxicidade financeira exacerbada pelo custo crescente dos cuidados oncológicos.

O documento ressalta ainda que é preciso financiamento governamental robusto, sustentado e previsível para o NIH e o NCI, crucial para o progresso contínuo do tratamento. "Esperamos que este relatório ajude a aumentar o conhecimento sobre o câncer, bem como das pesquisas e inovações que estão melhorando o tratamento e prolongando vidas. As conclusões deste relatório, juntamente com as histórias pessoais dos pacientes em destaque, sublinham o enorme impacto que o financiamento robusto, sustentado e previsível para a investigação do câncer tem na vida dos pacientes, e por que esse apoio deve continuar", conclui Margaret Foti, CEO da AACR.

A íntegra do relatório pode ser acessada em www.cancerprogressreport.org.

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