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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO 2022

Avelumabe como estratégia neoadjuvante no câncer de bexiga músculo invasivo

cancer de bexigaResultados de estudo prospectivo randomizado de Fase II (AURA/Oncodistinct-004) são tema de Poster Discussion no ASCO 2022, em apresentação de Nieves Martinez Chanza, oncologista do Instituto Jules Bordet. A análise discute avelumabe como base do regime neoadjuvante em pacientes com câncer de bexiga músculo invasivo não metastático elegíveis e não elegíveis para platina e revela que avelumabe como agente único neoadjuvante resultou em alta taxa de resposta (pCR) e downstaging patológico.

Quase metade dos pacientes diagnosticados com câncer de bexiga músculo invasivo não metastático são inelegíveis para a terapia com cisplatina e não existem opções alternativas de tratamento neoadjuvante. Nesta análise, Chanza e colegas apresentam dados preliminares de avelumabe neoadjuvante associado a paclitaxel e gencitabina ou avelumabe sozinho na coorte inelegível para cisplatina.

AURA é um estudo prospectivo, multicêntrico, randomizado, de fase II que envolveu pacientes com carcinoma de bexiga cT2-4aN0-2M0. Os pacientes foram inscritos em duas coortes com base na elegibilidade para quimioterapia com cisplatina. A coorte inelegível para cisplatina recebeu 4 ciclos de paclitaxel-gencitabina (PG) mais avelumabe (A) a cada 2 semanas ou 4 ciclos de avelumabe a cada 2 semanas (1:1). O endpoint primário foi a taxa de pCR (ypT0/isN0). Endpoints secundários foram taxa de downstaging patológico (< ypT2N0) e segurança.

Resultados

Um total de 56 pacientes inelegíveis para cisplatina foram avaliados. Os autores descrevem que no braço PG + A (n = 28): a idade média foi de 72 anos (41-80), 93% do sexo masculino. No braço A sozinho (n = 28): a idade média foi de 75 anos (49-89), 93% do sexo masculino. Um paciente não foi operado por progressão no braço A, mas foi incluído na análise de intenção de tratar. Cinco pacientes não receberam os 4 ciclos de tratamento, 3 deles por toxicidade no braço PG + A e 2 por toxicidade no braço A.

A pCR foi alcançado em 5 pacientes (18%; IC 95% 6%-37%) tratados com PG + A e em 10 pacientes (36%; IC 95% 19%-56%) tratados com A. O downstaging para < ypT2N0 foi alcançado em 6 pacientes (21%; IC 95% 8%-41%) e 11 pacientes (39%; IC 95% 22%-59%), respectivamente. O tempo médio desde o início do tratamento até a cirurgia foi de 82 dias (55-144) para o braço PG + A e de 67 dias (38-89) para o braço A.

Em relação ao perfil de segurança, os eventos adversos imunorrelacionados (irAEs) mais Ocomuns de qualquer grau foram astenia (15%), toxicidade cutânea e mialgia/artralgia (cada 5%). Dois pacientes no braço PG + A com grau 3 irAEs (hepatite e pneumonite) levaram à descontinuação de A para 1 paciente. Nenhuma morte relacionada ao tratamento foi relatada.

“Avelumabe como agente único neoadjuvante resultou em alta pCR e foi administrado com segurança sem comprometer a ressecção cirúrgica. Nossos resultados sugerem que a adição do regime de taxano-gencitabina a avelumabe pode reduzir a eficácia do avelumabe com baixa taxa de pCR. A análise de sobrevida e estudos correlatos estão em andamento.

Informações sobre este ensaio clínico: NCT03674424.

Referência: Avelumab as the basis of neoadjuvant regimen in platinum-eligible and -ineligible patients with nonmetastatic muscle-invasive bladder cancer: AURA (Oncodistinct-004) trial.
Abstract: 4517
Poster Discussion Sesssion - Genitourinary Cancer – Kidney and Bladder
First Author: Nieves Martinez Chanza, MD, PhD
Medical Oncology Department, Jules Bordet Institute, Université Libre de Bruxelles
4 de junho (18h30 GMT)
Arie Crown Theater

 
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