23112024Sáb
AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

PUBLICIDADE
Daichii Sankyo

 

ASCO 2022

Avelumabe como estratégia neoadjuvante no câncer de bexiga músculo invasivo

cancer de bexigaResultados de estudo prospectivo randomizado de Fase II (AURA/Oncodistinct-004) são tema de Poster Discussion no ASCO 2022, em apresentação de Nieves Martinez Chanza, oncologista do Instituto Jules Bordet. A análise discute avelumabe como base do regime neoadjuvante em pacientes com câncer de bexiga músculo invasivo não metastático elegíveis e não elegíveis para platina e revela que avelumabe como agente único neoadjuvante resultou em alta taxa de resposta (pCR) e downstaging patológico.

Quase metade dos pacientes diagnosticados com câncer de bexiga músculo invasivo não metastático são inelegíveis para a terapia com cisplatina e não existem opções alternativas de tratamento neoadjuvante. Nesta análise, Chanza e colegas apresentam dados preliminares de avelumabe neoadjuvante associado a paclitaxel e gencitabina ou avelumabe sozinho na coorte inelegível para cisplatina.

AURA é um estudo prospectivo, multicêntrico, randomizado, de fase II que envolveu pacientes com carcinoma de bexiga cT2-4aN0-2M0. Os pacientes foram inscritos em duas coortes com base na elegibilidade para quimioterapia com cisplatina. A coorte inelegível para cisplatina recebeu 4 ciclos de paclitaxel-gencitabina (PG) mais avelumabe (A) a cada 2 semanas ou 4 ciclos de avelumabe a cada 2 semanas (1:1). O endpoint primário foi a taxa de pCR (ypT0/isN0). Endpoints secundários foram taxa de downstaging patológico (< ypT2N0) e segurança.

Resultados

Um total de 56 pacientes inelegíveis para cisplatina foram avaliados. Os autores descrevem que no braço PG + A (n = 28): a idade média foi de 72 anos (41-80), 93% do sexo masculino. No braço A sozinho (n = 28): a idade média foi de 75 anos (49-89), 93% do sexo masculino. Um paciente não foi operado por progressão no braço A, mas foi incluído na análise de intenção de tratar. Cinco pacientes não receberam os 4 ciclos de tratamento, 3 deles por toxicidade no braço PG + A e 2 por toxicidade no braço A.

A pCR foi alcançado em 5 pacientes (18%; IC 95% 6%-37%) tratados com PG + A e em 10 pacientes (36%; IC 95% 19%-56%) tratados com A. O downstaging para < ypT2N0 foi alcançado em 6 pacientes (21%; IC 95% 8%-41%) e 11 pacientes (39%; IC 95% 22%-59%), respectivamente. O tempo médio desde o início do tratamento até a cirurgia foi de 82 dias (55-144) para o braço PG + A e de 67 dias (38-89) para o braço A.

Em relação ao perfil de segurança, os eventos adversos imunorrelacionados (irAEs) mais Ocomuns de qualquer grau foram astenia (15%), toxicidade cutânea e mialgia/artralgia (cada 5%). Dois pacientes no braço PG + A com grau 3 irAEs (hepatite e pneumonite) levaram à descontinuação de A para 1 paciente. Nenhuma morte relacionada ao tratamento foi relatada.

“Avelumabe como agente único neoadjuvante resultou em alta pCR e foi administrado com segurança sem comprometer a ressecção cirúrgica. Nossos resultados sugerem que a adição do regime de taxano-gencitabina a avelumabe pode reduzir a eficácia do avelumabe com baixa taxa de pCR. A análise de sobrevida e estudos correlatos estão em andamento.

Informações sobre este ensaio clínico: NCT03674424.

Referência: Avelumab as the basis of neoadjuvant regimen in platinum-eligible and -ineligible patients with nonmetastatic muscle-invasive bladder cancer: AURA (Oncodistinct-004) trial.
Abstract: 4517
Poster Discussion Sesssion - Genitourinary Cancer – Kidney and Bladder
First Author: Nieves Martinez Chanza, MD, PhD
Medical Oncology Department, Jules Bordet Institute, Université Libre de Bruxelles
4 de junho (18h30 GMT)
Arie Crown Theater

 
Publicidade
ABBVIE
Publicidade
ASTRAZENECA
Publicidade
SANOFI
Publicidade
ASTELLAS
Publicidade
NOVARTIS
banner_assine_300x75.jpg
Publicidade
300x250 ad onconews200519