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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ESMO 2021

Trastuzumabe-deruxtecan marca novo paradigma no tratamento do câncer de mama metastático HER2+

vanessa petry bxO maior encontro da oncologia europeia destacou o primeiro estudo randomizado a avaliar a eficácia e segurança de trastuzumabe-deruxtecan (T-DXd) versus T-DM1 em pacientes com câncer de mama metastático HER2+ previamente tratados com trastuzumabe e taxano. Os dados reportados no ESMO Congress 2021 mostram que T-DXd  alcançou o endpoint primário e mostrou benefício de sobrevida livre de progressão com alta significância clínica e estatística, evidência que marca uma mudança de paradigma no tratamento do câncer de mama metastático HER2+. Dois centros brasileiros integraram o estudo, com participação do mastologista Roberto Hegg e da oncologista Vanessa Petry (foto).

Neste estudo multicêntrico, randomizado, de fase 3 (DESTINY-Breast03) pacientes com câncer de mama metastático HER2+ foram randomizados (1: 1) para receber T-DXd ou T-DM1.O endpoint primário foi sobrevida livre de progressão (SLP) por revisão central independente e cega (BICR). Endpoints secundários incluíram sobrevida global, taxa de resposta objetiva, duração de resposta e sobrevida livre de progressão, além de dados de segurança.

Resultados

Em 21 de maio de 2021, foram randomizados 524 paciente, com idade média de 54 anos (intervalo, 20-83). A taxa de risco (HR) para SLP foi de 0,2840 (P = 7,8 x 10-22); A SLP mediana não foi alcançada para T-DXd versus 6,8 meses para T-DM1. A taxa estimada de sobrevida global em 12 meses foi de 94,1% (IC 95%, 90,3-96,4) para T-DXd e de 85,9% (IC 95%, 80,9-89,7) para T-DM1; HR: 0,5546 (IC 95%, 0,3587-0,8576; P = 0,007172, portanto, não cruzou o limite pré-especificado de significância). A duração média do tratamento foi de 14,3 meses (variação, 0,7-29,8) com T-DXd vs 6,9 meses (intervalo, 0,7-25,1) com T-DM1.

Em relação ao perfil de segurança, foram observadas taxas semelhantes de eventos adversos associados ao tratamento. Nenhuma morte relacionada a medicamentos ocorreu nos braços de análise. Os eventos mais frequentes foram doença pulmonar intersticial (DPI), que ocorreu em 10,5% dos pacientes com T-DXd (a maioria [9,7%] grau 1/2; 0 grau 4/5) vs 1,9% com T-DM1 (todos grau 1/2).

Em conclusão, T-DXd demonstrou alta significância clínica e estatística, com benefício de sobrevida livre de progressão versus T-DM1 em pacientes com câncer de mama metastático HER2+ previamente tratados com trastuzumabe e taxano. Esses dados confirmam que T-DXd é tolerável com toxicidade administrável e melhoria significativa no perfil de doença pulmonar intersticial em pacientes fortemente pré-tratados. “Este estudo levará a uma mudança de paradigma no tratamento de câncer de mama metastático HER2+”, destacam os autores.

Table: LBA1

Summary of results

 

T-DXd N=261

T-DM1 N=263

PFS by BICR

HR 0.2840 (95% CI, 0.2165-0.3727); P = 7.8x10-22,a

Median  PFS, mo (95% CI)

Not reached (18.5-NE)

6.8 (5.6-8.2)

PFS by Investigator

HR 0.2649 (95% CI, 0.2011-0.3489); P = 6.5x10-24,a

Median  PFS, mo (95% CI)

25.1 (22.1-NE)

7.2 (6.8-8.3)

Confirmed ORR, % (95% CI)b

79.1 (74.3-84.4)

34.2 (28.5-40.3)

P < 0.0001a

Safety, n (%)

T-DXd N = 257c

T-DM1 N = 261c

Any grade TEAEs

256 (99.6)

249 (95.4)

Grade ≥ 3

134 (52.1)

126 (48.3)

Serious  TEAEs

49 (19.1)

47 (18.0)

 

Assista ainda vídeo exclusivo com coautortes do estudo, Giuseppe Curigliano e Vanessa Petry:



Referência: LBA1 Trastuzumab deruxtecan (T-DXd) vs trastuzumab emtansine (T-DM1) in patients (Pts) with HER2+ metastatic breast cancer (mBC): Results of the randomized phase III DESTINYBreast03 study - J. Cortés et al.

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