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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO GI 2021

Cabozantinibe e nivolumabe como tratamento neoadjuvante no CHC borderline

hepatocelular 2021 bxNovas combinações de terapias-alvo e imunoterapias demonstraram taxas de resposta superiores a sorafenibe no carcinoma hepatocelular (CHC). Estudo de fase I que avalia a viabilidade e eficácia da combinação de cabozantinibe mais nivolumabe como terapia neoadjuvante em pacientes com CHC borderline ou localmente avançado mostrou resultados na Poster Highlight Session do ASCO GI 2021.

Apenas 10-15% dos pacientes recém-diagnosticados com CHC são candidatos a uma ressecção potencialmente curativa e a maioria dos pacientes vai apresentar recorrência da doença após a cirurgia. As terapias sistêmicas históricas, incluindo sorafenibe, assim como as terapias loco-regionais, não demonstraram benefícios no contexto perioperatório.

Foram elegíveis pacientes com CHC borderline ou com doença localmente avançado (incluindo doença multinodular, envolvimento da veia porta ou outras características de alto risco). Os pesquisadores descrevem que os pacientes receberam 8 semanas de terapia com cabozantinibe 40 mg/dia por via oral mais nivolumabe 240 mg IV a cada duas semanas, seguido de reestadiamento e possível ressecção cirúrgica. O endpoint primário foi a viabilidade, definida pelo percentual de pacientes que não experimentaram evento adverso relacionado à descontinuação do tratamento e que impedisse a cirurgia dentro de 60 dias da data planejada.

Resultados

Foram inscritos 15 pacientes, dos quais 14 completaram a terapia neoadjuvante e foram submetidos a avaliação cirúrgica. Os eventos adversos foram consistentes com dados já reportados com esses agentes e o estudo atingiu seu principal endpoint, sem nenhum evento adverso relacionado relacionado à descontinuação do tratamento.

Entre os pacientes que completaram a terapia neoadjuvante, 1 recusou a cirurgia, 1 não pôde ser ressecado e 12 pacientes foram submetidos à ressecção cirúrgica R0 com sucesso. 5/12 (41,7%) pacientes ressecados tiveram resposta patológica principal ou completa. Em um acompanhamento médio de um ano, 4/5 respondedores patológicos não apresentam recorrência. “Realizamos um perfil detalhado dos bioespécimes de ressecção cirúrgica e identificamos enriquecimento de células T CD4 + efetoras de IFN + E células T CD8 + efetoras de granzima B +, bem como agregados linfoides  nos respondedores patológicos. Analisamos ainda as relações espaciais dos tipos celulares em respondedores e não respondedores, o que resultou na identificação de arranjo espacial distinto de células B em respondedores e na proximidade de células mieloides que expressam arginase-1 com as células T em não respondedores”, esclarecem os autores.

Em conclusão, este é o primeiro estudo de uma terapia-alvo em combinação com um inibidor de checkpoint imune no cenário neoadjuvante no CHC e o primeiro a utilizar terapias sistêmicas modernas para expandir os critérios de ressecção cirúrgica. A combinação de cabozantinibe com nivolumabe como tratamento  neoadjuvante é viável e pode resultar em respostas patológicas e sobrevida livre de doença em longo prazo, mesmo em pacientes que podem estar fora dos critérios tradicionais de ressecção.

Referência: J Clin Oncol 39, 2021 (suppl 3; abstr 335) - Feasibility and efficacy of neoadjuvant cabozantinib and nivolumab in patients with borderline resectable or locally advanced hepatocellular carcinoma (HCC).

 

 
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