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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

SAN ANTONIO 2020

monarchE: dados de longo prazo confirmam benefício de abemaciclibe

rastogi okDados de acompanhamento estendidos do estudo Fase III monarchE reforçam o benefício da adição do inibidor de CDK4/6 abemaciclibe à terapia endócrina adjuvante padrão na sobrevida livre de doença invasiva (IDFS) em pacientes com câncer de mama inicial de alto risco, HR-positivo, HER2-negativo. Os resultados foram apresentados no SABCS 2020 por Priya Rastogi (foto), professora associada da Universidade de Pittsburgh e diretora médica da National Surgical Adjuvant Breast and Bowel Project (NSABP) Foundation.

“Embora muitas pacientes com câncer de mama inicial receptor hormonal positivo não apresentem recorrência com a terapia endócrina isolada, aproximadamente 20% podem apresentar recorrência da doença nos primeiros 10 anos, muitas vezes com doença metastática”, disse Rastogi. “O risco de recorrência é maior entre pacientes cujo câncer tem certos fatores de risco clínicos e/ou patológicos como um alto número de linfonodos positivos, tumor de grande volume ou alta proliferação celular medida pelo grau do tumor ou biomarcadores”, acrescentou.

O monarchE é um estudo de Fase III, aberto, que avalia abemaciclibe combinado à terapia endócrina (TE) em comparação com TE isolada em pacientes câncer de mama inicial de alto risco, HR+, HER2-, com linfonodo positivo. Uma análise provisória pré-planejada demonstrou melhora estatisticamente significativa na sobrevida livre de doença invasiva (IDFS).

Após os resultados positivos, as pacientes continuaram a ser acompanhadas para IDFS, recorrência à distância e sobrevida global.

A análise apresentada no SABCS 2020 descreve um acompanhamento estendido do estudo, com resultados de 395 eventos livres de doença invasiva e um tempo médio de acompanhamento de 19 meses (um aumento de 3,5 meses a partir da análise intermediária).

Após a cirurgia e radioterapia e/ou quimioterapia, conforme indicado, as pacientes foram randomizadas para receber terapia endócrina adjuvante padrão com ou sem abemaciclibe (150 mg duas vezes por dia durante dois anos). Os critérios de elegibilidade incluíam pelo menos quatro nódulos positivos, ou um a três nódulos positivos em combinação com doença grau 3, tumor de pelo menos 5 cm ou status Ki-67 alto avaliado centralmente (definido como pelo menos 20% de positividade em células tumorais). Níveis mais elevados de Ki-67 são indicativos de um tumor agressivo de crescimento rápido com maior probabilidade de recorrência.

No momento desta análise, 1.437 pacientes (25,5%) haviam completado o período de tratamento de dois anos e 3.281 pacientes (58,2%) estavam em tratamento. Em comparação com os pacientes que receberam apenas terapia endócrina, aqueles que também receberam abemaciclibe tiveram uma redução de 28,7% (p = 0,0009; HR = 0,713; 95% CI = 0,583, 0,871) no risco de doença invasiva.

A taxa de sobrevida livre de doença invasiva (IDFS) em dois anos no braço da combinação e na terapia endócrina isolada foi de 92,3% e 89,3%, respectivamente. Além disso, os pesquisadores observaram uma melhora na taxa de sobrevida livre de recidiva à distância (DRFS) em dois anos entre as pacientes que receberam a combinação em comparação com aquelas que receberam apenas terapia endócrina (93,8% versus 90,8%, respectivamente).

Os pesquisadores também avaliaram os resultados de 2.498 pacientes com status alto de Ki-67 avaliado centralmente, um endpoint secundário chave, e observaram que aquelas que receberam o tratamento combinado tiveram um risco 30,9% (p = 0,0111; HR = 0,691; 95% CI = 0,519, 0,920) menor de doença invasiva em comparação com as pacientes tratadas apenas terapia endócrina. As taxas de IDFS em dois anos no braço combinado e na terapia endócrina isolada foram 91,6% e 87,1%, respectivamente. Os dados de segurança deste ensaio foram consistentes com o perfil de segurança conhecido do abemaciclibe.

“Observamos um benefício consistente, em todos os subgrupos”, disse Rastogi. “Esses resultados são um avanço notável no tratamento nas últimas duas décadas para esse subgrupo de pacientes, e têm o potencial de impactar nossa prática clínica”, concluiu.

Os dados de sobrevida global ainda estão imaturos, e acompanhamento adicional é necessário.

O estudo foi patrocinado pela Eli Lilly and Co e está registrado em ClinicalTrials.gov, NCT03155997.

Referência: GS1-01 - Primary outcome analysis of invasive disease-free survival for monarchE: abemaciclib combined with adjuvant endocrine therapy for high risk early breast cancer - Priya Rastogi et al
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