21112024Qui
AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

PUBLICIDADE
Daichii Sankyo

 

ESMO 2020

Viabilidade de uma avaliação geriátrica de design realista em uma unidade ambulatorial de oncologia

montagem onconews2 bxEstudo liderado pelos oncologistas Antonio Fabiano Ferreira Filho e Daniela Lessa da Silva (foto), diretores médicos da clínica Oncosinos, em Novo Hambugo (RS), analisou a viabilidade de uma avaliação geriátrica com design realista (RDGA) para verificar os domínios geriátricos mais críticos em pacientes idosos com câncer. O trabalho foi selecionado para apresentação em poster no ESMO 2020 (1860P).

Em todo o mundo, a maioria dos pacientes geriátricos com câncer não recebe qualquer forma de avaliação geriátrica. A falta de tempo e de recursos humanos, a complexidade dos exames geriátricos bem como questões financeiras são os motivos frequentemente citados para a não realização dessas necessárias avaliações nesta população de pacientes.

Avaliamos a capacidade de nosso RDGA para ajudar a equipe de oncologia a projetar decisões médicas sob medida para nossos pacientes, bem como implementar medidas preventivas essenciais antes ou concomitantemente ao tratamento planejado”, esclarecem os autores. 

Métodos e resultados

Previamente à primeira consulta ao paciente, a equipe de enfermagem aplicou o RDGA que consiste em teste de velocidade da marcha (teste de 4 metros), questionário de polifarmácia, mini-avaliação nutricional, escala de depressão geriátrica-5 (GDS-5), e mini-Cog. Foram analisados a estatística descritiva da população e os resultados do RDGA, com atenção especial ao tempo de realização das avaliações.

Em seis meses, 61 pacientes com mais de 60 anos foram avaliados (59% mulheres). A mediana de idade foi de 74 anos (variação de 62-92). O tempo médio para completar o RDGA foi de 9,5 minutos (variação de 5-16), e o tratamento foi paliativo em 49% dos pacientes.

De acordo com a avaliação da velocidade da marcha, 36% dos pacientes foram classificados como fit (≥ 1m / s), 41% pré-frágeis (<1m / s> 0,6m / s) e 23% frágeis (≤ 0,6m / s). Mini-Cog e GDS-5 foram demonstraram alterações em 45% e 25% dos pacientes. Risco nutricional e polifarmácia (> 3 medicamentos) estiveram presentes em 62% e 48% dos pacientes, respectivamente.

Demografia e características dos pacientes

 

Total de pacientes  

61 pacientes

Idade média

72 anos (62-92)

Intenção paliativa de tratamento

30 pacientes (49%)

Tempo médio para realizar RDGA

9,5 min (5-16)

Velocidade média de marcha

0,93m / s (0,19-1,69)

Pacientes fit (> 1m / s)

22 pacientes (36%)

Pré-frágil (<1 m / s> 0,6 m / s)

25 pacientes (41%)

Frágil (<0,6 m / s)

14 pacientes (23%)

Polifarmácia (> 3 medicamentos)

29 pacientes (48%)

Risco de desnutrição

38 pacientes (62%)

Risco de depressão

15 pacientes (25%)

Risco de deficiência cognitiva ou demência

27 pacientes (45%)


“Nossos resultados demonstraram que o RDGA não só é viável e eficaz, mas também prático, revelando informações clínicas críticas para a equipe de oncologia em apenas 10 minutos, em média. Sua utilização é altamente adequada em unidades oncológicas com alto fluxo de pacientes e com recursos escassos”, concluíram os autores.

Referência: 1860P - Results and feasibility of a realistic designed geriatric assessment (RDGA) in an outpatient Brazilian Oncology unit - Antonio Fabiano Ferreira Filho (Novo Hamburgo, RS, Brazil).

 

 

Publicidade
ABBVIE
Publicidade
ASTRAZENECA
Publicidade
SANOFI
Publicidade
ASTELLAS
Publicidade
NOVARTIS
banner_assine_300x75.jpg
Publicidade
300x250 ad onconews200519