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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ASTRO 2020

Radiocirurgia com arcoterapia volumétrica modulada para múltiplas metástases cerebrais

rie asso bxEstudo apresentado em pôster no ASTRO 2020 analisou os resultados clínicos e toxicidades em pacientes com múltiplas metástases cerebrais submetidos a radiocirurgia estereotatica (SRS) usando a técnica de arcoterapia volumétrica modulada (VMAT). A médica especialista em radioterapia Rie Nadia Asso (foto), do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, é a primeira autora do trabalho.

Os pesquisadores realizam uma análise retrospectiva de radiocirurgia estereotatica para metástases cerebrais usando VMAT em uma única instituição entre 2012 e 2019. O volume tumoral visível (GTV) foi definido na lesão realçada na imagem de ressonância magnética sobreposta à tomografia computadorizada planejada, expandida para o volume alvo planejado (PTV) de 1 a 2 mm.

Todos os pacientes utilizaram máscara termoplástica para radiocirurgia guiada por imagem, utilizando tomografia computadorizada de feixe cônico com posicionamento 6D e configuração guiada por superfície em alguns casos. Os dados coletados de prontuários de pacientes foram características demográficas e histopatológicas, controle local, controle cerebral e sistêmico. O controle local (LC) foi analisado desde o tratamento SRS até a progressão local (qualquer falha dentro do cérebro). Outros tratamentos e toxicidades (aguda e tardia) também foram avaliados.

Resultados

Foram analisados 75 pacientes, totalizando 418 lesões. O número médio de lesões tratadas foi de 5,6 (intervalo 2 - 19). Pacientes com 2 lesões foram os mais prevalentes (18,6%). Os sítios primários foram pulmão (45%), mama (29,3%), melanoma (8%), cólon (8%) e outros (8,7%).

A maioria dos pacientes havia recebido terapia sistêmica antes da SRS (52 receberam quimioterapia e 36 pacientes foram tratados com terapia-alvo ou imunoterapia). Apenas 3 pacientes foram submetidos a tratamentos hipofracionados (2 em 3 frações e 1 em 5 frações). A mediana da dose única foi de 18 Gy (12 - 24). O acompanhamento médio foi de 7,3 meses (1 - 40). A sobrevida livre de recorrência local em 1 e 2 anos foi 65% e 47,3%, respectivamente.

O tempo médio para recorrência local foi de 7,1 meses. A sobrevida livre de recorrência cerebral em 1 ano e a sobrevida global foram, respectivamente, 28% e 36%. Ocorreram 11 recidivas locais e 30 tumores não locais, sendo 7 deles disseminação leptomeníngea. Toxicidades agudas de grau 1 ou 2 estavam presentes em 7,1% (cefaleia, convulsões, edema perilesional), enquanto toxicidades tardias, incluindo radionecrose e comprometimento neurocognitivo, foram observadas em 3,38% e 3,44%, respectivamente.

Em conclusão, o uso de VMAT - SRS para múltiplas metástases cerebrais foi viável, eficaz e com baixas taxas de toxicidade relacionada ao tratamento. “Vale ressaltar que esta é a maior experiência brasileira de radiocirurgia para múltiplas lesões com VMAT já publicada ou apresentada. Podemos inferir que o tratamento simultâneo fornecido pelo VMAT é uma forma vantajosa de produzir controle local sem comprometer a toxicidade”, afirmaram os autores.

Referência: Abstract 3595 - Radiosurgery for Multiple Brain Metastases using Volumetric Modulated Arc Therapy: Clinical Outcomes and Toxicity from a Single-Institutional Series - R. N. Asso, A. Mancini, W. F. P. Neves Junior, B. F. G. Ramos, D. M. F. Palhares, R. Gadia, and S. A. Hanna

 

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