As aplicações da inteligência artificial na rádio-oncologia foram tema da apresentação do radio-oncologista Fábio Moraes (foto), durante a II Semana Brasileira da Oncologia. Confira a síntese do especialista.
Por Fábio Moraes, pesquisador do Kingston General Hospital e Professor Assistente do Departamento de Oncologia da Queens University, no Canadá
A inteligência artificial é definida como a capacidade de um sistema em interpretar corretamente dados externos, aprender por esses dados e usá-los para atingir objetivos específicos por meio de adaptação flexível. No entanto, para alcançar esses objetivos os sistemas computacionais necessitam de dados bem coletados, padronizados e de fácil processamento.
Na minha revisão foram apresentados conceitos inovadores como colheita de dados (data farming), e discutido a importância de contexto e nomenclatura. Além disso, buscamos definir como a Inteligência Artificial está transformando a radio-oncologia. Nesse contexto foram discutidos processos computacionais e estatísticos automatizados para classificar tumores e imagens, segmentar, reconstruir e contornar regiões anatômicas em imagens, aprimorar planejamentos radioterápicos e redefinir processos de controle de qualidade (promovendo tratamento mais seguros e confiáveis), destacando o impacto da Inteligência Artificial na adaptação do tratamento, com potencial de reduzir toxicidade e aumentar a chance de cura do câncer.