Estudo apresentado sexta-feira, 31 de maio, na sessão oral de Tumores Geniturinários – Próstata do ASCO 2019 demonstrou que darolutamida mantém a qualidade de vida em pacientes com câncer de próstata não metastático resistente à castração, em comparação com placebo.
O estudo randomizou 1509 pacientes (2:1) para DARO 600 mg duas vezes ao dia (n = 955) ou placebo (n = 554). Os pacientes permaneceram com a terapia de privação androgênica (ADT). O endpoint primário foi a sobrevida livre de metástase. Os endpoints secundários incluíram SG e tempo até a progressão da dor (avaliada pelo Brief Pain Inventory Short Form).
A qualidade de vida foi avaliada pelo módulo European Organisation for Research and Treatment of Cancer QoL Prostate Cancer (EORTC-QLQ-PR25) no baseline e a cada 16 semanas até o final do tratamento.
Resultados
Darolutamida atrasou significativamente a progressão da dor em comparação com placebo (40,3 vs 25,4 meses; HR 0,65; 95% IC 0,53-0,79; P <0,001). O tempo para a deterioração dos desfechos do EORTC-QLQ-PR25 mostrou atrasos clinicamente significativos com darolutamida vs placebo para sintomas urinários (25,8 vs 14,8 meses; HR 0,64; 95% IC 0,54‐0,76; P <0,01).
O tempo para a deterioração dos sintomas relacionados ao tratamento hormonal foi comparável (18,9 com darolutamida vs 18,4 meses com placebo; HR 1,06; 95% IC 0,88-1,27; P = 0,52). A incidência de eventos adversos foi similar/menor com darolutamida vs placebo (fadiga/astenia [11,3 vs 11,1], hipertensão [4,7 vs 5,1], fogachos [3,7 vs 4,1], fraturas [3,0 vs 3,5], quedas [2,7 vs 4,1], transtorno cognitivo [0,3 vs 0,2] e convulsões [0,2 vs 0,2]).
Referência: Abstract 5000: Impact of darolutamide (DARO) on pain and quality of life (QoL) in patients (Pts) with nonmetastatic castrate-resistant prostate cancer (nmCRPC). - Karim Fizazi et al - Citation: J Clin Oncol 37, 2019 (suppl; abstr 5000)