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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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AACR 2019

Assinaturas prognósticas no câncer de cabeça e pescoço

ariane lopes bxAriane F. Busso-Lopes (foto) é primeira autora de estudo brasileiro apresentado no AACR 2019, que discute potenciais assinaturas proteicas associadas ao prognóstico do carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço (CECP).

Embora a metástase linfonodal seja o principal fator prognóstico em pacientes com CECP, os sinais moleculares envolvidos nesse processo são pouco caracterizados e marcadores moleculares não são utilizados na prática clínica. “Recentemente, o câncer está sendo visto como um ecossistema, no qual células tumorais cooperam umas com as outras e hospedam células em seu microambiente”, descrevem os pesquisadores. “Neste trabalho, mapeamos o proteoma de ecossistemas de tumores primários e linfonodos pareados, isolando células malignas e não malignas, para entender melhor os mecanismos subjacentes à metástase linfonodal”, esclarecem.

Neste estudo, foram utilizados tumores primários de parafina fixados em formol (FFPE) e linfonodos pareados de 27 pacientes com CECP positivos (N +, n = 13) e negativos (N0, n = 14) para metástases linfonodais usando microdissecção a laser combinada com proteômica baseada em espectrometria de massa.

Resultados

Uma média de 2.266 ± 216 proteínas foram identificadas em ecossistemas de tumores primários e linfonodos. Cento e cinco proteínas diferentemente abundantes de células malignas no sítio primário (N + vs N0) estiveram envolvidas principalmente na estabilidade e metabolismo do RNA, enquanto processos de inflamação e splicing, foram super-representados em N + vs N0 não tumorais de assinaturas celulares do tumor primário (N = 33) e sítios de linfonodos (N = 13) (teste t de Student; valor de P≤0,05), indicando assinaturas de metástases de linfonodos particulares para cada população celular. “Curiosamente, o padrão de proteínas das células malignas do sítio primário e dos linfonodos pareados mostrou um perfil individual de metástase. No entanto, o perfil de células não malignas não representou subpopulações específicas.

“Nossos dados revelam potenciais assinaturas proteicas associadas ao prognóstico em CECP, bem como a não especificidade dos padrões proteicos das células não malignas do hospedeiro, que podem estar relacionadas com falha da vigilância imunológica”, conclui o estudo. A pesquisa tem apoio financeiro da FAPESP e a apresentação no AACR acontece dia 3 de abril, das 8:00 AM às 12:00 PM (horário de Atlanta, EUA).

Referências: Session PO.CH03.01 - Cancer Proteomics - 4541 / 14 - Malignant and non-malignant cells from primary tumor and lymph node metastasis ecosystems show different behavior for patient-associated protein signatures in head and neck cancer

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