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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

AACR 2019

Atividade da terapia CAR T-cell dirigida à mesotelina em tumores sólidos avançados

adusumilli prasad bxUma terapia CAR T-cell que tem como alvo a proteína mesotelina não mostrou evidência de toxicidade principal e apresentou atividade antitumoral em pacientes com mesotelioma pleural maligno. Os resultados do estudo clínico de fase I foram apresentados por Prasad S. Adusumilli (foto), vice-chefe de cirurgia torácica do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, durante o encontro anual da AACR, que acontece em Atlanta, EUA, entre os dias 29 de março e 3 de abril.

"Pacientes com tumores sólidos em estágio avançado, como mesotelioma, e cânceres de pulmão e mama metastáticos para a cavidade torácica têm resultados ruins, apesar do tratamento", disse Adusumilli. “Apesar do sucesso do tratamento com células CAR T nos cânceres hematológicos, até o momento os resultados têm sido decepcionantes em tumores sólidos”, acrescentou.

Os pesquisadores projetaram as células CAR T mesotelina-alvo chamadas IcasM28z usando componentes completamente humanos, o que inclui um mecanismo que pode ser ativado para matar todas as células CAR T no corpo de um paciente em caso de toxicidade inesperada.

Foram recrutados 21 pacientes com doença pleural maligna (19 com mesotelioma maligno da pleura, um com câncer de pulmão metastático e um com câncer de mama metastático); 40% recebeu três ou mais linhas de terapia prévia. Uma dose única de células CAR T IcasM28z foi administrada intrapleuralmente (com ou sem pré-condicionamento com ciclofosfamida) por meio de cateter pleural ou procedimento de radiologia intervencionista.

Resultados

Os pesquisadores avaliaram múltiplos parâmetros clínicos, radiológicos e laboratoriais nos pacientes que receberam as células CAR T e não encontraram evidência de toxicidade nas doses testadas. Foi observado que as células CAR T eram persistentes no sangue periférico de 13 pacientes durante a avaliação em 38 semanas, e sua presença estava associada a uma redução de mais de 50% nos níveis de um peptídeo relacionado à mesotelina no sangue e evidência de regressão tumoral em estudos de imagem.

Um paciente com mesotelioma foi submetido à cirurgia com intenção curativa seguida de radioterapia no tórax. "Vinte meses após o diagnóstico, o paciente está indo bem, sem tratamento adicional", observou Adusumilli.

Com a falta de toxicidade havia sido estabelecida (6-17 semanas após a infusão de células CAR T), 14 pacientes receberam agentes anti-PD1 (1-21 ciclos), fora do protocolo, sem toxicidade. Entre os 19 pacientes de mesotelioma (13 pacientes receberam agente anti-PD1; PD-L1 <10% em todos, exceto 1), dois tiveram resposta metabólica completa no PET (60 e 32 semanas em curso); cinco tiveram resposta parcial e quatro apresentavam doença estável.

“A combinação de estratégias desenvolvidas racionalmente - como radiologia intervencionista, engenharia genética de células T e novos agentes de imunoterapia - produziu resultados encorajadores e fornece uma justificativa para investigar melhor essa abordagem em cânceres agressivos resistentes à terapia, como o mesotelioma, para os quais as opções de tratamento disponíveis atualmente não são ideais”, observou Adusumilli. “Uma limitação do estudo é que este é um ensaio de fase I, e a eficácia a longo prazo desta abordagem ainda não foi estabelecida”, concluiu.

Referência: A phase I clinical trial of malignant pleural disease treated with regionally delivered autologous mesothelin-targeted CAR T cells: Safety and efficacy - Prasad S. Adusumilli

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