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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO GI 2017

PET Scan e avaliação de resposta no câncer de esôfago

pet_scan_machine_NET_OK.jpgO uso de PET scan para avaliar a resposta tumoral à quimioterapia inicial pode permitir aos médicos adaptar a quimioterapia adicional e melhorar as perspectivas para pacientes com câncer de esôfago. As conclusões são de um estudo apresentado no 2017 Gastrointestinal Cancers Symposium, que acontece entre os dias 19 e 21 de janeiro em San Francisco, Califórnia.

Os exames de PET scan são rotineiramente utilizados para orientar as decisões terapêuticas no linfoma, mas estão apenas começando a ser explorados para esta finalidade em tumores sólidos. Este estudo está entre os primeiros a mostrar o benefício da imagiologia PET na orientação de decisões de tratamento pré-cirúrgico para câncer de esôfago.
 
Apesar do tratamento agressivo que combina quimioterapia, radioterapia e cirurgia, o prognóstico para pacientes com câncer de esôfago é pobre, com menos de 50% dos doentes sobrevivendo aos cinco anos após o diagnóstico. Por isso, maneiras de monitorar a eficácia do tratamento são urgentemente necessárias para melhorar os resultados.
 
"Os exames de PET Scan podem se revelar uma ferramenta valiosa para ajudar os oncologistas a fazer o ajuste fino do uso da quimioterapia para o câncer de esôfago e maximizar seu benefício para cada paciente individual", disse Nancy Baxter, especialista da ASCO, durante a conferência de imprensa. “Esta é uma evidência encorajadora de uma nova abordagem de tratamento para uma doença onde a inovação é extremamente necessária", acrescentou.
 
Os pacientes com câncer de esôfago e junção gastroesofágica (GEJ) nos estádios II-III tipicamente recebem 5,5 semanas de quimioterapia com radiação (quimiorradiação), seguida de cirurgia.
 
O uso de quimiorradioterapia antes da cirurgia tem demonstrado melhorar a sobrevida em comparação com a cirurgia isolada. Diversos regimes de quimioterapia estão disponíveis para uso durante a quimiorradiação, mas os médicos não têm um método confiável para prever se uma quimioterapia específica será eficaz em um determinado paciente.
 
"Neste estudo, estamos adicionando quimioterapia de indução antes da quimiorradiação e mostrando que usar o PET scan após a quimio de indução para avaliar a resposta pode ajudar os médicos a fazer rápidas correções de curso e maximizar o benefício para o paciente", disse Karyn A. Goodman, radio-oncologista na Faculdade de Medicina da Universidade do Colorado.
 
Métodos e resultados
 
Foram recrutados 257 pacientes com adenocarcinoma esofágico e de junção gastroesofágica (GEJ) estágio II-III, submetidos à PET scan no baseline e randomizados para um dos dois regimes de quimioterapia de indução: FOLFOX-6 modificado (oxaliplatina, leucovorina, 5-FU) dias 1, 15, 29 ou carboplatina/paclitaxel (CP) dias 1, 8, 22, 29. O PET scan foi repetido após os primeiros ciclos de terapia de indução (dias 36-42).
 
Se o PET scan sugerisse que a quimioterapia de indução tinha funcionado, os pacientes continuariam com o mesmo regime de quimioterapia durante a quimiorradiação. Caso o PET scan revelasse que o regime de quimioterapia de indução não foi eficaz, a quimioterapia seria alterada para o outro dos dois regimes durante a quimiorradiação. Em geral, 39 dos 129 pacientes que receberam a quimioterapia de indução FOLFOX e 49 dos 128 pacientes que receberam carboplatina/paclitaxel trocaram os regimes de quimioterapia após a PET.
 
Entre os pacientes que mudaram para uma quimioterapia alternativa após a terapia de indução, 15,6% (95% CI; 0,08, 0,26) alcançaram uma resposta patológica completa. Em estudos prévios, onde a quimioterapia pré-cirúrgica não foi alterada com base em PET, a taxa de resposta patológica completa entre os pacientes com tumores não respondedores à quimioterapia de indução conforme medido por PET scan foi de apenas 5%.
 
"Embora a nossa abordagem aumente o tempo de um paciente antes da cirurgia, descobrimos que a avaliação da eficácia do tratamento por PET Scan pode melhorar a resposta, como mostrado pela capacidade de alcançar uma resposta patológica completa”, afirmou Goodman. "No entanto, ainda precisamos refinar qual é o regime mais eficaz para esta doença", acrescentou a especialista.
 
O estudo foi apoiado por subsídios do National Institutes for Health.
 
Referência: Abstract 1: Goodman KA, Niedzwiecki D, Hall N, et al. Initial results of CALGB 80803 (Alliance): A randomized phase II trial of PET scan-directed combined modality therapy for esophageal cancer. J Clin Oncol. 2017;35(suppl):4S.
 
 

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