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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Oncogenética no câncer de ovário platino-resistente

C__ncer_Ov__rio.jpgAlexandre André Balieiro da Costa, oncologista do AC Camargo Cancer Center, apresentou dia 3 de junho na ASCO estudo que avaliou a deficiência de recombinação homóloga em pacientes com câncer de ovário resistente à platina.

Os carcinomas de ovário mostram deficiência de recombinação homóloga (HRD) em até 50% dos casos e em 15 a 20% ocorrem devido a mutações germinativas BRCA1 ou BRCA2. Os tumores mutados com BRCA são mais sensíveis aos inibidores de PARP e à quimioterapia à base de platina. O objetivo deste estudo foi caracterizar uma coorte de pacientes com câncer de ovário em relação ao DRH e avaliar o impacto desses escores na sensibilidade prolongada à platina.
 
Foram selecionados 31 pacientes com câncer de ovário recidivado, resistente à platina, que foram reexpostos à quimioterapia baseada em platina. Desse universo, 15 amostras de 14 pacientes foram analisadas para alterações genômicas utilizando o ensaio ONCOSCAN (Affymetrix) para avaliar os escores de DRH. Essas pontuações foram associadas com taxa de resposta à platina, sobrevida global e fatores clínico-patológicos. ­­­­­­­Os resultados mostram que os escores médios foram de 19,5 para TAI, 12,5 para cnLOH + L, 26 para LST e 6,3 para HRD. Os maiores scores em cnLOH + L foram encontrados em 10 dos 14 pacientes testados. Em 9 amostras, o escore mais elevado foi em LST. Sete dos 14 pacientes analisados ​​​​para alterações genômicas tiveram resposta, o que sugeriu deficiência de recombinação homóloga.
 
Numericamente, os achados cnLOH + L, LST e HDR foram maiores em pacientes com resposta ao tratamento em comparação com aqueles sem resposta. A mediana de sobrevida global foi de 13,4 meses e não houve diferença na sobrevida de acordo com os escores. Entre os fatores clínico-patológicos, história familiar de câncer de mama ou de ovário ou história pessoal de câncer de mama foi associada a maior taxa de resposta. Em conclusão, os escores de DRH mostraram ser potenciais marcadores de resposta à reação de platina na configuração resistente à platina. Estudos adicionais são necessários para esclarecer os melhores cortes para cada pontuação, o impacto da heterogeneidade do tumor e a análise de amostras tumorais no momento do tratamento. História familiar positiva de câncer é um fator clínico preditor de resposta de reação de platina.
 
Poster Board: #398 • Abstract  5576  
Homologous recombination deficiency and platinum rechallenge in platinum-resistant ovarian cancer patients.
Alexandre Andre B. A. Da Costa, MD, PhD - First Author

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