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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Necitumumab associado à quimioterapia em câncer de pulmão EGFR+

CancroPulmao.jpgAdicionar necitumumab à quimioterapia com gemcitabina e cisplatina traz benefícios para os pacientes com câncer de pulmão não pequenas células escamosas avançado com expressão do EGFR, de acordo com uma análise de subgrupo do estudo SQUIRE apresentada na Conferência Europeia de Câncer de Pulmão (ELCC 2016).

O estudo randomizado de fase III SQUIRE demonstrou que a adição de necitumumab à quimioterapia gemcitabina e cisplatina em pacientes de câncer de pulmão não pequenas células escamosas estádio IV melhorou a sobrevida global em 1,6 mês em comparação com a quimioterapia isolada. O estudo analisou os resultados no subgrupo de pacientes com tumores EGFR positivos em comparação com aqueles sem expressão do EGFR.
 
Entre os 982 pacientes no estudo SQUIRE, 95% tinham tumores com expressão do EGFR. A adição de necitumumab à quimioterapia com gemcitabina e cisplatina melhorou a sobrevida global e a sobrevida livre de progressão em 21% e 16%, respectivamente, em comparação com a quimioterapia isolada em pacientes com tumores EGFR positivos.
 
"Necitumumab é dirigido ao EGFR, e por isso faz sentido que a droga seja ativa em pacientes com esse receptor. A análise mostrou que a droga não teve efeito quando o receptor se encontra ausente, presumivelmente porque não havia nenhum alvo presente. Não podemos tirar conclusões robustas porque o subgrupo de pacientes com EGFR negativo era muito pequeno, mas a hipótese gerada aqui é que tumores EGFR negativos não respondem bem ao necitumumab", afirmou Luis Paz-Ares, chefe de oncologia médica do Hospital Universitário 12 De Outubro em Madri, Espanha, autor do estudo.
 
Com base nesta análise, a Agência Europeia de Medicamentos aprovou necitumumab somente para pacientes com tumores EGFR positivos. Por outro lado, o FDA seguiu a abordagem mais conservadora, que reconhece que o SQUIRE foi desenhado sem seleção prévia, e considerou que essa análise de subgrupo não traz provas suficientes para concluir que pacientes com tumores EGFR negativos não são candidatos ao tratamento.
 
"Nossos resultados devem ser interpretados com cautela. Um estudo confirmatório em pacientes com tumores EGFR negativos é necessário para avaliar se eles são ou não bons candidatos para necitumumab", concluiu Paz-Ares.
 
Segundo Robert Pirker, Diretor do Programa de Câncer de Pulmão no Hospital Geral de Viena, Áustria, que não esteve envolvido no estudo, esta análise de subgrupo mostra que o efeito de necitumumab foi ligeiramente maior em pacientes com tumores que expressam o EGFR em comparação com a população total do SQUIRE. “Isso indica que a detecção imuno-histoquímica do receptor EGFR melhora a atividade clínica do necitumumab. Os resultados são consistentes com estudos anteriores que sugerem que os anticorpos monoclonais em combinação com quimioterapia funcionam melhor em pacientes com células que expressam o EGFR", afirmou.

Para o especialista, é necessária uma análise mais aprofundada. "Informações sobre resultados em pacientes com níveis de cut-off mais elevados do que na análise atual seria interessante. Nós também precisamos saber o efeito donecitumumab de acordo com ambas as percentagens de células positivas ea sua intensidade de coloração. Isto pode ser combinado com análise FISH para detectar a amplificação do gene, que poderia nos dar um retrato mais claro dos pacientes que mais se beneficiam de necitumumab", concluiu.

Referência: 132O_PR: Subgroup analyses of patients with epidermal growth factor receptor (EGFR)-expressing tumors in SQUIRE: A randomized, multicenter, open-label, phase III study of gemcitabine-cisplatin (GC) plus necitumumab (N) versus GC alone in thefirst-line treatment of patients (pts) withstage IV squamous non-smallcelllungcancer (sq-NSCLC). L. Paz-Ares, Spain.
 
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