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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO GU: biópsia líquida e seleção terapêutica em câncer de próstata

Biopsia_liquida_NET_OK.jpgA chamada biópsia líquida pode ajudar a orientar as decisões e individualizar as indicações terapêuticas para pacientes com câncer de próstata. É o que sugerem os resultados do estudo liderado por Howard I. Scher, oncologista e chefe do serviço de oncologia genitourinária do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center (MSKCC), em Nova York. A pesquisa é apontada entre os highlights da ASCO GU deste ano (Abstract 163).

“Nem todos os homens respondem igualmente ao tratamento com abiraterona ou enzalutamida”, diz Scher. “Se o estudo for validado, pode ajudar a selecionar pacientes mais propensos a responder ao tratamento”, esclarece.
 
A biópsia líquida investiga as características das células tumorais circulantes (CTCs) como preditor de resistência à terapia de privação androgênica em pacientes com câncer de próstata avançado. "Além disso, ao contrário de uma biopsia de tecido, amostras de sangue são obtidas facilmente, a qualquer momento", compara Scher.
 
Em pacientes com câncer avançado, células tumorais circulantes são liberadas tanto a partir do tumor primário, quanto a partir de metástases. Trabalhos anteriores mostraram que os pacientes têm uma gama de diferentes tipos de CTC, com variações individuais.
 
Método
 
O teste experimental utiliza uma amostra de sangue sobre uma lâmina de vidro e coloração com corantes especiais para distinguir células normais de CTCs. A máquina digitaliza e analisa as amostras com as várias características das CTCs.
 
Um total de 221 amostras de sangue de 179 pacientes com câncer de próstata metastático foram avaliadas no estudo de Scher e colaboradores. Os pacientes estavam prestes a iniciar o tratamento com terapias hormonais visando o receptor de androgênio (enzalutamida ou abiraterona) ou quimioterapia baseada em taxano.
 
As análises identificaram que os pacientes com maior variação na aparência e composição genética das células tumorais circulantes, ou seja, aqueles com maior score de heterogeneidade não responderam bem à terapia hormonal e experimentaram pior evolução.
 
Em comparação com pacientes com uma baixa pontuação de heterogeneidade, os pacientes com uma pontuação elevada na variação das CTCs alcançaram menor sobrevida livre de progressão, com mediana de 5 meses versus 17 meses, e menor sobrevida global (9 meses vs. não alcançado).
 
Em contraste, as pontuações de heterogeneidade não parecem afetar a resposta à quimioterapia.
 
Referências: Single CTC characterization to identify phenotypic and genomic heterogeneity as a mechanism of resistance to AR signaling directed therapies (AR Tx) in mCRPC patients. - J Clin Oncol 34, 2016 (suppl 2S; abstr 163)
 

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