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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

CASTOR: anti CD-38 em mieloma múltiplo

ASH_2015_blood_cells_NET_OK.jpgResultados iniciais do CASTOR, um estudo pivotal de fase III, mostram que a adição do anticorpo daratumumab (Darzalex®) a um regime de duas drogas padrão (bortezomib e dexametasona) melhora significativamente a resposta terapêutica de pacientes com mieloma múltiplo recorrente ou refratário. A combinação com daratumumab reduziu o risco de progressão da doença em 70% e dobrou tanto a taxa de resposta parcial, de 29% para 59%, quanto as taxas de resposta completa, de 9% para 19%. Os dados foram apresentados na ASCO 2016, em sessão plenária no domingo, 5 de junho.

Daratumumab é o primeiro anticorpo monoclonal aprovado para o tratamento do mieloma múltiplo tendo como alvo a proteína CD-38 presente na superfície das células tumorais. "Há tempos sabemos que o CD-38 é um alvo importante no tratamento do mieloma múltiplo, mas estes resultados são sem precedentes", disse o primeiro autor do estudo, Antonio Palumbo, chefe da unidade de mieloma no Departamento de Oncologia da Universidade de Torino, em Turim, Itália. Para ele, o estudo aponta para um regime baseado em três drogas, com daratumumab como o padrão de tratamento.
 
Sobre o Estudo
 
498 pacientes foram incluídos no estudo. Bortezomib foi administrado por via subcutânea a 1,3 mg/m2 nos dias 1, 4, 8, e 11 de cada ciclo de 21 dias por um máximo de 8 ciclos(q3w). Os pacientes receberam 20 mg de dexametasona via oral nos dias 1, 2, 4, 5, 8, 9, 11, e 12 dos primeiros 8 ciclos de tratamento com bortezomib.
 
Daratumumab foi administrado a 16 mg / kg por semana por via intravenosa durante os primeiros 3 ciclos, no dia 1 dos ciclos de 4 a 9, e depois a cada 4 semanas. O tratamento foi administrado até progressão da doença ou toxicidade inaceitável.
 
Após um seguimento médio de 7,4 meses, o regime com o anti CD-38 daratumumab reduziu em 61% o risco de progressão, com impacto significativo na mediana de sobrevida livre de progressão e no tempo para a progressão (TTP). Daratumumab também aumentou a taxa de resposta global (ORR) com 83% versus 63%, P <0,0001) e duplicou as taxas de resposta parcial (59% versus 29%, P <0,0001), e resposta completa (19% vs 9%, p = 0,0012).
 
"Daratumumab é uma droga de ação rápida ─ em muitos casos, houve redução dos tumores em apenas um mês. Como resultado, os pacientes tinham menos dor e melhor qualidade de vida", disse Palumbo.
 
Os dados de segurança mostram que oseventos adversos mais comuns da combinação com daratumumab em relação ao tratamento padrão foram trombocitopenia (59% / 44%), neuropatia periférica (47% / 38%), diarreia (32% / 22%) e anemia (26% / 31%).
 
Eventos de grau 3 -4 mais comuns (> 10%) foram trombocitopenia (45% / 33%), anemia (14% / 16%) e neutropenia (13% / 4%). Em cada grupo, respectivamente 7% e 9% de pacientes descontinuaram o tratamento devido a um evento adverso.

Em conclusão, o novo regime de tratamento confirma a eficácia do daratumamab nesse cenário, com toxicidade aceitável.

Este estudo recebeu financiamento da Janssen Research & Development.

Informações do ensaio clínico: NCT02136134  

Referência: Phase III randomized controlled study of daratumumab, bortezomib, and dexamethasone (DVd) versus bortezomib and dexamethasone (Vd) in patients (pts) with relapsed or refractory multiple myeloma (RRMM): CASTOR study - J Clin Oncol 34, 2016 (suppl; abstr LBA4)


 

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