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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

Novos dados da quimioterapia intraperitoneal no câncer de ovário

C__ncer_Ov__rio.jpgA quimioterapia intraperitoneal (IP) é uma abordagem ainda subutilizada no tratamento de mulheres com câncer de ovário e pode ter papel no cenário pós-operatório combinada à quimioterapia IV em pacientes que receberam terapia neoadjuvante. É o que sustentam os resultados do estudo de fase II que serão apresentados domingo, 5 de junho, na ASCO.

Entre as pacientes que receberam quimioterapia neoadjuvante, 23,3% daquelas tratadas com quimioterapia IP/IV no pós-operatório tiveram progressão da doença em nove meses, contra 42,2% das que receberam apenas quimioterapia IV após a cirurgia. 

Os autores do estudo estimam que de 30 a 40% de todas as mulheres na América do Norte e Europa com câncer epitelial de ovário receberão quimioterapia neoadjuvante e argumentam que aquelas que se submetem à cirurgia debulking ideal (< 1 cm) podem agora ser candidatas à combinação de quimioterapia IP/ IV.

Vários ensaios clínicos randomizados mostraram resultados da quimioterapia IP no câncer de ovário. No entanto, este é o primeiro estudo desenhado para explorar a vantagem da quimioterapia IP entre as mulheres que receberam quimioterapia neoadjuvante.
 
O estudo
 
Nesse estudo randomizado de fase II, 275 mulheres com idade média de 62 anos receberam tratamento neoadjuvante baseado em platina seguido de cirurgia para remoção do câncer de ovário. Desse universo, 200 pacientes foram randomizados para receber o regime combinado IP/IV ou quimioterapia IV. Foram selecionados pacientes com câncer epitelial de ovário estadio IIB – IV, sendo que 82% apresentavam doença estadio IIIC.
 
Aos nove meses, 42,2% das mulheres que receberam quimioterapia IV tiveram progressão da doença em comparação com 23,3% dos doentes tratados com quimioterapia IP / IV. A sobrevida livre de progressão mediana foi semelhante entre os dois grupos, 11,3 meses com quimioterapia IV e 12,5 meses com o regime IV / IP. A sobrevida global mediana foi maior com a terapia combinada IV / IP comparada à terapia IV (59,3 meses versus 38,1 meses), mas a diferença não foi estatisticamente significativa.
 
"Embora este estudo não tenha sido desenhado para avaliar a sobrevida, nossos resultados oferecem informações que podem apoiar essa estratégia”, disse Helen Mackay, chefe da Divisão de Oncologia Médica e Hematologia do Sunnybrook Odette em Toronto, Canadá, líder da investigação.
 
A taxa de efeitos colaterais graves foi um pouco menor entre as mulheres que receberam quimioterapia IV/ IP (16% vs. 23%), mas esta diferença não foi estatisticamente significativa.

Informações do ensaio clínico: NCT00993655
 
Referência: OV21/PETROC: A randomized Gynecologic Cancer Intergroup (GCIG) phase II study of intraperitoneal (IP) versus intravenous (IV) chemotherapy following neoadjuvant chemotherapy and optimal debulking surgery in epithelial ovarian cancer (EOC) - J Clin Oncol 34, 2016 (suppl; abstr LBA5503)
 

 

 
 

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