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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

2016

Cabozantinibe na primeira linha do câncer renal

RIM_CAPA_NET_OK.jpgEstudo apresentado na ESMO mostrou a superioridade de cabozantinibe como terapia inicial no câncer renal avançado, com ganhos de sobrevida e de resposta livre de progressão na comparação com sunitinibe em pacientes de baixo risco ou risco intermediário.

Cabozantinib é um inibidor de MET, AXL e VEGFR2 que já havia demonstrado benefícios no tratamento do câncer renal avançado ou metastático, ampliando a sobrevida livre de progressão e a sobrevida global de pacientes após a terapia anti-VEGF. Agora, este estudo multicêntrico de fase II apresentado no congresso europeu de oncologia comparou SLP de cabozantinibe e sunitinibe no cenário da primeira linha.
 
O estudo multicêntrico avaliou 157 pacientes com carcinoma de células renais metastático com histologia de células claras, de risco baixo ou intermediário, que foram randomizados para receber cabozantinibe oral (60 mg, uma vez por dia) ou sunitinibe (50 mg uma vez por dia, por 4 semanas, com 2 semanas de pausa).
 
Foram elegíveis pacientes sem tratamento prévio, performance status ECOG 0-2, risco baixo ou intermediário pelo International mRCC Database Consortium Criteria (IMDC, Heng JCO 2009).80,9% dos pacientes com risco intermediário e 36,3% pacientes de baixo risco apresentaram metástases ósseas e foram igualmente distribuídos entre os braços avaliados.
 
Enquanto sunitinibe tem como alvo os receptores do fator de crescimento endotelial vascular (VEGFR), cabozantinibe inibe adicionalmente a ação de MET e AXL. "Tanto MET quanto AXL parecem estar associados com a progressão do tumor e o mais importante é que modelos animais demonstraram que o mecanismo de resistência aos inibidores de VEGFR, como sunitinibe, pode ser mediado através de AXL e MET", disse Toni Choueiri, oncologista do Dana-Farber Cancer Center, investigador principal da pesquisa.
 
Resultados
 
De julho de 2013 a abril de 2015, 157 pacientes foram randomizados (79 para cabozantinibe e 78 para sunitinibe). Após um seguimento por período mediano de 20,8 meses, 13 pacientes (6,46%) permaneceram em tratamento no braço cabozantinibe versus 2 pacientes (2.56%) no braço tratado com sunitinibe.
 
Os pacientes tratados com cabozantinibe tiveram uma redução de 31% na média de progressão ou morte em comparação com os tratados com sunitinibe (8,2 meses versus 5,6 meses; HR 0.69, p = 0,012). A taxa de resposta objetiva também foi significativamente superior no braço cabozantinibe (46% vs.18%).
 
A sobrevida global mediana foi de 26,4 meses versus 23,5 meses, favorecendo o braço tratado com cabozantinibe (HR 0.87, 95% CI 0.55-1.4).
 
Em relação ao perfil de segurança, os investigadores observaram uma taxa similar de eventos adversos entre os dois braços avaliados. A incidência de eventos adversos grau 3 ou superior foi de 70,5% no braço cabozantinibe e de 72,2% no grupo de sunitinibe. Os eventos adversos mais comuns foram diarréia (Cabo 10%, Sun 11%), fadiga (Cabo 6%, Sun 15%), hipertensão (Cabo 28% , Sun 22%), eritrodisestesia palmo-plantar (Cabo 8%, Sun 4%), eventos hematológicos (Cabo 2,6%, Sun 22,2%) e 16 pacientes em cada braço interromperam o tratamento devido à toxicidade.
 
Embora dados mais maduros e estudos adicionais sejam necessários, o estudo sugere que cabozantinibe tem potencial como primeira linha para o tratamento do carcinoma de células renais metastático em pacientes de baixo risco e risco intermediário.
 
"Cabozantinibe está atualmente aprovado para o tratamento de segunda linha ou para linhas posteriores para pacientes que progrediram a um inibidor de tirosina-quinase de VEGFR. No entanto, estes dados mostram que cabozantinibe tem potencial para se tornar a primeira linha de tratamento padrão," disse Choueiri.
 
O estudo foi conduzido pela Alliance/CTEP e é financiado pela Exelixis. (Clinical Trials: NCT01835158).
 
Referência: LBA30_PR - CABOzantinib versus SUNitinib (CABOSUN) as initial targeted therapy for patients with metastatic renal cell carcinoma (mRCC) of poor and intermediate risk groups: Results from ALLIANCE A031203 trial - T.K. Choueiri1, S. Halabi2, B. Sanford2, O. Hahn3, M.D. Michaelson4, M. Walsh1, T. Olencki5, J. Picus6, E. J. Small7, S. Dakhil8, D. George9, M.J. Morris10
 
 

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