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AtualizadoQua, 15 Maio 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

2016

KEYNOTE-024: imunoterapia na primeira linha em câncer de pulmão

BALANCO_PULMAO_horiz_bx.jpgO anti PD-1 pembrolizumabe mostrou na ESMO 2016 os resultados do estudo de fase III KEYNOTE-24 no tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) avançado. Os dados completos foram publicados no New England Journal of Medicine.

KEYNOTE-024 avaliou a eficácia de pembrolizumabe versus quimioterapia à base de platina em pacientes com alta expressão de PD-L1, definida como a expressão em pelo menos 50% das células tumorais. Os pacientes com mutações EGFR e translocações ALK foram excluídos do recrutamento. 
 
O estudo incluiu 305 pacientes, de 16 países, randomizados 1: 1 para receber pembrolizumabe ou quimioterapia. Os doentes do braço de quimioterapia que progrediram foram elegíveis para receber pembrolizumabe como tratamento de segunda linha, o que ocorreu em 44% da amostra designada para a esses pacientes.

Na população avaliada no KEYNOTE-024, pembrolizumabe aumentou em cerca de quatro meses a sobrevida livre de progressão (SLP) na comparação com quimioterapia (10,3 meses versus 6,0 meses, hazard ratio [HR] 0,50).  A SLP foi o principal endpoint do estudo. O objetivo secundário de sobrevida global também foi alcançado e favoreceu o braço tratado com o anti PD-1. Aos seis meses, 80% dos pacientes do braço pembrolizumabe estavam vivos, em comparação com 72% no braço tratado com quimioterapia (HR = 0,60).

O tratamento com pembro foi associado a maior taxa de resposta global em comparação com a quimioterapia (45% versus 28%), maior duração da resposta e menor incidência de todos os eventos adversos e eventos adversos graves (grau 3-4).
Martin Reck, oncologista-chefe do departamento de oncologia torácica do Lung Clinic Grosshansdorf, na Alemanha, principal autor do estudo, considerou “notável” a sobrevida global com pembrolizumabe e enfatizou que mais de 40% dos pacientes atravessaram do braço de controle para o braço de pembrolizumabe após a progressão da doença.
 
O estudo
 
KEYNOTE-024 (NCT02142738) é um estudo aberto, de fase 3, que avaliou pembrolizumabe (pembro) versus quimioterapia (QT) baseada em platina na primeira linha de tratamento do câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) avançado com expressão de PD-L1 ≥50%, sem mutações EGFR tratáveis ​​ou translocações ALK.

Os pacientes foram randomizados para receber 35 ciclos de pembro 200 mg q3w ou 4-6 ciclos da QT de escolha do investigador, carboplatina ou cisplatina + pemetrexede; carboplatina ou cisplatina + gemcitabina, ou carboplatina + paclitaxel, com a opção de pemetrexede de manutenção para CPNPC não-escamosas. 
 
Pacientes no braço de quimioterapia em progressão da doença poderiam cruzar para o braço pembro. A resposta foi avaliada a cada 9 semanas (RECIST v1.1). O desfecho primário foi de SLP. Os desfechos secundários foram sobrevida global, taxa de resposta objetiva e segurança. 
 
Resultados
 
De 19 de setembro de 2014 a 29 de outubro de 2015, 305 pacientes de 16 países foram randomizados para receber pembro (n= 154) ou quimioterapia (n=151).
 
Após um acompanhamento médio de 11,2 meses, 48% dos pacientes permaneceram no braço de pembro, 10% permaneceram na quimioterapia e 44% passaram da quimioterapia para pembro em progressão da doença. 
 
Na análise de sobrevida livre de progressão, o braço tratado com pembro registrou 189 eventos, com SLP significativamente mais prolongada que a verificada no braço da quimioterapia (HR 0,50, P <0,001; mediana de 10,3 meses versus 6,0 meses). Com 108 mortes, o grupo de pembro também alcançou SG significativamente mais prolongada aos seis meses (HR 0,60, P = 0,005) com 80% versus72%. 
 
O anti PD-1 pembrolizumabe também foi associado com maior taxa de resposta objetiva (ORR), com 45% vs 28%, duração da resposta mais longa (não alcançada vs 6,3 meses) e menor incidência de evento adverso de qualquer grau (73% vs 90%) e de grau 3-5 (27% vs 53 %).
 
Em conclusão, pembro demonstrou SLP e SG superiores na comparação com quimioterapia à base de platina em pacientes com CPNPC avançado com expressão de PD-L1 ≥50%. 
 
O estudo foi financiado pela Merck & Co.

Referências

Abstract LBA8_PR - KEYNOTE-024: Pembrolizumab (pembro) vs platinum-based chemotherapy (chemo) as first-line therapy for advanced NSCLC with a PD-L1 tumour proportion score (TPS) >50%
 
Reck M, Rodríguez-Abreu D, Robinson A, et al. Pembrolizumab or Chemotherapy in PD-L1–Positive Non–Small-Cell Lung Cancer. N Engl J Med. DOI: 10.1056/NEJMoa1606774

 

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